Ver Angola

Ambiente

Fertilizantes garantidos a médio prazo. Governo quer reforço de parceria com o Brasil

Diamantino Azevedo, ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, disse acreditar que o país “tem todas as condições para que, a médio e longo prazos”, possa “deixar de importar fertilizantes”, tendo ainda expressado que o país quer o reforço da parceria com o Brasil no que toca à produção de fertilizantes.

: Facebook do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola
Facebook do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola  

Intervindo na abertura de um workshop acerca da utilidade dos agrominerais, o titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás referiu que a meta do sector por si dirigido "é contribuir para a auto-suficiência de fertilizantes" no país.

"Nós acreditamos que o nosso país tem todas as condições para que, a médio e longo prazos, possamos deixar de importar fertilizantes. Depois de, no mandato passado, termos feito alguns workshops sobre os agrominerais, pretendemos, com esse, passar para uma nova fase. Não só apresentar o potencial, o que existe em ocorrências em recursos e reservas de agrominerais, mas, apresentar projectos que o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás tem fomentado para que se produzam fertilizantes em Angola", referiu, citado num comunicado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a que o VerAngola teve acesso.

O titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás fez igualmente saber que o sector "abraçou o projecto privado OPAIA" direccionado à produção de amónia e ureia, tidos como elementos "muito importantes" para os fertilizantes, tendo ainda criado "condições para o fornecimento de gás neste projecto", acrescenta o comunicado.

Além disso, deixou ainda um incentivo à empresa no sentido de "participar na mineração de fosfatos", tendo, para o efeito, afirmando "que já está a ser preparada uma concessão de fosfatos".

Diamantino Azevedo disse que Angola "já possui indústrias de calcário, indústrias misturadoras e poderão surgir outras".

"Queremos ir mais além. Todos os ingredientes estão presentes. Falta-nos agora executar e podermos, daqui alguns anos, com orgulho, dizer que o país deixa de importar fertilizantes", disse, citado na nota da tutela.

Relativamente à parceria com o Brasil, o responsável disse que se pretende o seu reforço no domínio da produção de fertilizantes. "Só nos beneficiaremos numa cooperação mais aproximada com o Brasil, para aprendermos a sua experiência e podermos fazer o nosso caminho", indicou, citado pela Angop.

Referiu igualmente que o Brasil, assumindo-se com uma potência agrícola, tem traçado o seu caminho, fez alguns erros e foi melhorando, sendo que Angola apresenta bastantes similaridades e afinidades com o país da América do Sul, podendo tirar proveito da colaboração, escreve a Angop.

Já José Carlos Polidoro, pesquisador da empresa brasileira Embrapa, considerou que há necessidade de se levar o conhecimento acerca da relevância dos agrominerais, assim como o seu uso pelos agricultores, e ainda a sua chegada aos campos do interior do país, tal como no Brasil, escreve a Angop. Aproveitou ainda para realçar, citado pela Angop, que a utilização eficaz de fertilizantes irá incrementar de forma significativa a produtividade agrícola, dando resposta a diversos problemas sociais e económicas que o país enfrenta.

O workshop, que decorreu nesta Terça-feira (8 de Agosto) sob o lema "Agrominerais: O caminho para a Sustentabilidade Agrícola", foi realizado pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e o Ministério da Agricultura e Florestas no Auditório Albina Assis.

Segundo uma outra nota do ministério, a que o VerAngola teve acesso, no certame "foram apresentados, um painel informativo sobre a cartografia nacional dos agrominerais", sendo que "em mesa redonda, analisou-se o quadro regulatório em Angola e as questões de formação para apoiar o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva dos agrominerais, financiamentos, investimentos e ambiente de negócios".

No evento, segundo a nota, estiveram presentes "entidades dos sectores mineiro e petrolífero, da agricultura e florestas, representantes de empresas que operam nestes sectores e académicos".

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.