A Omunga, organização não-governamental angolana promotora dos direitos humanos, declara, em nota divulgada esta Sexta-feira, o seu apoio incondicional aos diferentes grupos da sociedade civil a favor das manifestações convocadas em diferentes partes do país.
Segundo a ONG, além de Luanda, onde activistas marcaram para Sábado uma marcha de repúdio à subida do preço dos combustíveis e dos transportes coletivos, as províncias de Benguela, Malanje e Namibe agendaram igualmente marchas para os dias 12 e 19 de Julho.
O aumento do preço dos combustíveis, com incidência no gasóleo, "as consequências nefastas no seio das famílias, está na base da revolta generalizada por parte dos cidadãos", motivando assim a realização de manifestações "como forma de fazer-se ouvir a voz do povo", refere-se na nota.
De acordo com a Omunga, o povo angolano "sofre todos os dias devido às opções económicas do Governo" e a retirada da subvenção aos preços dos combustíveis não tem melhorado a vida dos cidadãos.
Esta associação cívica recorda, por outro lado, que a manifestação é um direito consagrado na Constituição da República de Angola e apela, por isso, às autoridades e aos órgãos de defesa e segurança no sentido de se pautarem por uma postura republicana, garantindo a protecção e a segurança dos manifestantes.
A tarifa dos táxis colectivos em Angola passou a ser de 300 kwanzas por viagem e a dos autocarros urbanos sobe para 200 kwanzas por viagem, desde Segunda-feira, uma medida que surge na sequência do aumento do preço do gasóleo, que passou de 300 para 400 kwanzas por litro a partir de 4 de Julho.
Alguns partidos políticos, na oposição, nomeadamente o Partido Liberal, PRA JÁ Servir Angola e o Bloco Democrático já manifestaram nas redes sociais apoio às manifestações contra a subida do preço dos combustíveis em Angola.