"Visando melhorar a capacidade de resposta aos impactos da seca agrícola, o Governo de Angola, por meio de uma iniciativa colaborativa entre o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET) tutelado pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), o Ministério do Ambiente (MINAMB) e o Ministério da Agricultura e Florestas (MINAGRIF), está desde Janeiro de 2021, engajado na implementação de um Sistema de Monitoramento da Seca Agrícola em Angola denominado Sistema Índice de Estresse Hídrico Agrícola (ASIS)", informa o MINTTICS, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.
A tutela avança que actualmente o processo de implementação desta iniciativa – enquadrada "no âmbito do mecanismo de financiamento do Fundo Verde do Clima (GCF) e conta com o apoio técnico da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)" – está na recta final de calibração.
"Neste momento, o processo da implementação do ASIS a nível nacional encontra-se em sua fase final de calibração, onde a ferramenta está a ser adaptada às condições locais e ao nível das unidades administrativas dos municípios em todo o país", lê-se na nota.
Nesse sentido, acrescenta o comunicado, "uma equipa técnica interinstitucional especializada, composta por representantes do INAMET/MINTTICS e do MINAGRIF" encontra-se a fazer o acompanhamento do processo que vai culminar "com a instalação da ferramenta ASIS no Servidor do INAMET e posteriormente o seu lançamento em um workshop nacional, previsto para a primeira quinzena do mês de Setembro de 2023".
De acordo com o comunicado, o ASIS tem como objectivo a produção de informação que possibilite a Angola "monitorar a seca agrícola e gerenciar" os seus riscos, utilizando "dados de satélite para detectar áreas cultivadas que possam ser afectadas pela seca". Através deste sistema, "é possível monitorar os índices de vegetação nas áreas de cultivo durante as fases fenológicas através da detecção de pontos críticos, também denominados 'hotspots' em zonas onde as culturas podem ser afectadas pela seca".
O ASIS, adianta a tutela, baseia-se no Índice de Saúde da Vegetação que deriva do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada, que mede de forma indirecta "a produção primária por meio de sua relação com a radiação fotossinteticamente activa".
Assim, "do ponto de vista dos usuários finais, os resultados produzidos por meio desta ferramenta são destinados, especificamente, a apoiar os tomadores de decisão no monitoramento das secas agrícolas de formas a auxiliar na gestão dos riscos em caso de ocorrência do fenómeno de seca agrícola", refere ainda o comunicado.
