Ver Angola

Comércio

Diamantino Azevedo: “Angola prepara-se para deixar de importar fertilizantes e exportar ureia”

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, fez saber que o país se está a preparar para “deixar de importar fertilizantes e exportar ureia”.

:

"Angola prepara-se para deixar de importar fertilizantes e exportar ureia", disse Diamantino Azevedo, numa audiência concedida, na Terça-feira (21 de Março), aos deputados da Alemanha Dietmar Freihoff e Stefan Keuter, que – segundo um comunicado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a que o VerAngola teve acesso – "mostraram interesse em conhecer os aspectos relacionados com o hidrogénio e a diversificação no sector dos recursos minerais, petróleo e gás".

Assim, o ministro efectuou, na ocasião, uma breve apresentação "das recentes reformas" concretizadas no sector, designadamente "os novos modelos de governação, a criação da Agência de Petróleo e Gás e Biocombustíveis e Agência Nacional dos Recursos Minerais, privatização de alguns projectos", entre outros, acrescenta a nota.

Citado na nota, o governante referiu igualmente que, actualmente, um dos desafios "é como fazer a diversificação económica" no país, admitindo que, para isso, ainda precisam "muito do petróleo e gás para a diversificação".

"Queremos diversificar bastante na indústria. Já temos algumas fábricas, mas queremos mais. A indústria petroquímica, usando petróleo e gás, é um dos caminhos para diversificação", acrescentou.

O titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, mencionou ainda a aposta do sector dos recursos minerais para a produção de fertilizantes, "que são um dos indicadores para o desenvolvimento da agricultura – uma das alternativas da diversificação económica nacional –, acrescentando que já" há projectos, em curso, dirigidos para este propósito, tal como é o caso de projectos de exploração de fosfatos em Cabinda, refere o comunicado.

Assim, avançou, "com as medidas adoptadas, a partir do programa do Governo e projectos em curso, nos próximos anos, Angola já não terá necessidades de importar fertilizantes e vamos exportar ureia".

Já relativamente ao sector do petróleo e gás, o ministro, entre outros aspectos, disse existir "uma estratégia para refinação, refinaria e petroquímica", tendo evidenciado "as obras de melhoria da Refinaria de Luanda, a diminuição de gases para atmosfera e a construção das refinarias em Cabinda que vai produzir 60 mil barris por dia (bpd), no Soyo para 100 mil bpd e outra no Lobito para 200 mil bpd", lê-se na nota.

Diamantino Azevedo frisou ainda que "até ao final do mandato, teremos energias limpas".

A audiência foi acompanhada pelo embaixador da Alemanha acreditado em Angola, Stefan Traumann.

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.