Em comunicado, a que o VerAngola teve acesso, a tutela informa que o acordo foi assinado no passado Sábado (2 de Dezembro), "à margem da Conferência das Partes sobre Alterações Climáticas - COP28, a decorrer na Expo City Dubai, entre João Baptista Borges, ministro da Energia e Águas de Angola e o CEO da Masdar, Mohamed Jameel Al Ramahi".
Assim, segundo a nota, a empresa dos EAU desenvolverá "um projecto para a construção de um parque solar de 150 MW de energia eléctrica no sul" do país, concretamente no município de Quipungo, na Huíla.
Em termos de empregos, o projecto deverá criar aproximadamente 600 postos de trabalho directos. "O projecto criará até 600 empregos directos e fornecerá energia eléctrica limpa para 90.000 residências na região com desafios significativos no fornecimento de electricidade", lê-se no comunicado.
Segundo a tutela, o referido projecto vai apoiar "significativamente o objectivo" do país de aumentar a "taxa de electrificação nacional para mais de 50 por cento até 2027".
"Este é um contrato que se insere no âmbito do acordo que assinamos anteriormente, no qual assinamos também um outro para o desenvolvimento dos projectos e agora estamos assinar um contrato de concessão para a construção de um parque solar de 150 MW no sul de Angola mais precisamente no Município do Quipungo", afirmou o titular da pasta da Energia e Águas.
Segundo o ministro, acrescenta a nota, o referido projecto "é um investimento privado" e vai ter "uma capacidade solar" que permitirá satisfazer não só a região onde está inserido (mais propriamente a província da Huíla), como também permitirá "escoar capacidade para o Namibe".
João Baptista Borges considerou ainda que nesta região sul de Angola existe "uma escassez significativa de oferta de energia", fazendo-se ainda recurso à energia térmica: "Nesta região sul do país há uma escassez significativa de oferta de energia e onde ainda utilizamos a energia térmica, portanto vai ser também a substituição de energia térmica para a energia limpa", referiu, citado no comunicado.
O governante explicou igualmente que a empresa dos EAU fornecerá energia à rede pública e aos consumidores privados e "o fornecimento vai ser assegurado pela rede pública e regido por um contrato de aquisição de energia que será assinado proximamente entre a Rede Nacional de Transporte (RNT) e o Operador do Parque".
De acordo com a tutela, o contrato ora rubricado diz respeito a uma concessão de 25 a 30 anos, "que permite que durante este tempo o parque funcione, seja operado de forma que o investidor tenha direito sobre a terra onde vai ocupar com a montagem do parque", lê-se no comunicado.