Ver Angola

Política

Governador do Kwanza Sul demarca-se dos actos da filha acusada de desviar 50 milhões de kwanzas

O governador da província do Kwanza Sul, Eusébio de Brito Teixeira, demarcou-se dos actos da filha, que está a ser investigada por ter alegadamente desviado 50 milhões de kwanzas de fundos públicos em 2014.

:

Numa entrevista a uma rádio local, Brito Teixeira disse que a empresa da filha "não assinou contrato com o Governo do Kwanza Sul", mas sim com a "direcção local de Educação", sem a sua anuência.

"Estou a obrigar a minha filha a devolver os meios", realçou, referindo-se a verbas aparentemente destinadas ao apetrechamento da direcção provincial de Educação.

"O contrato não foi feito com o governador e nem com o Governo, mas sim com a direcção provincial da Educação, que nem a própria direcção da Educação tinha essa competência. Portanto, está fora do meu âmbito", disse.

Na entrevista, Brito Teixeira referiu que a sua filha "é maior, é cidadã e que pode e podia fazer o contrato", mas, observou, "não tem nada a ver" consigo. "O pai não caucionou nada. Deveriam ter perguntado ao director da Educação se ele tinha essa competência", adiantou o governador.

A Lusa noticiou em Agosto que a Procuradoria-Geral da República (PGR) estava a investigar uma filha do governador da província do Kwanza Sul, suspeita de desviar, em 2014, 50 milhões de kwanzas destinados ao apetrechamento da direcção provincial de Educação.

A informação foi transmitida na ocasião pelo subprocurador da República junto daquela província, Joaquim Macedo da Fonseca, que garantiu que decorria um inquérito em coordenação com o Serviço de Investigação Criminal (SIC).

As denúncias surgiram em Maio, nas redes sociais, e davam conta que uma empresa, alegadamente ligada à filha do governador da província teria recebido, em 2014, mais de 50 milhões de kwanzas do Estado para prestação de serviços.

"Serviços que se consubstanciavam no fornecimento de material à direcção provincial de Educação do Kwanza Sul que, no entanto, não foram prestados", indicou.

Brito Teixeira insistiu que está a "obrigar" a filha a repor os meios do Estado. "O certo é que ela está a repor [os meios], e eu na qualidade de seu pai, obrigo-a a fazer isso. Ela já entregou uma boa parte dos meios, está a cumprir. O mais importante é repor", concluiu.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.