Apesar de não ter sido revelada a quantidade de matéria-prima destinada a Angola, sabe-se que a encomenda partiu da Associação das Indústrias de Panificação e Pastelaria de Angola (AIPPA) e que o produto chegará por intermédio do Entreposto Aduaneiro.
Reconhecendo a escassez do principal elemento para o fabrico de pão, o PCA do Entreposto garante à RNA que o produto a chegar ao país será fornecido aos associados da AIPPA de forma directa, já que os intermediários contribuem para a especulação de preços. “Neste momento não temos a farinha. Em princípio, passaremos a ter farinha de trigo a partir dos finais de Agosto. Temos um contrato assinado com a Associação das Indústrias de Panificação e Pastelaria de Angola para fornecimento a todos que estão na indústria de panificação, evitando que haja intermediários”, afirmou.
Jofre Van-Dunem referiu ainda que espera apoio governamental em relação a esta iniciativa, de forma a que se possa dar continuidade a uma eficaz distribuição da farinha de trigo. “Se a Associação das Indústrias de Panificação e Pastelaria de Angola tiver o apoio do Governo, poderemos garantir a continuidade do fornecimento sem quebras e sem que haja esse sobressalto e o aproveitamento da situação da falta do produto para a especulação do preço”.
Não obstante de ter recebido garantias para a importação da farinha, o PCA alerta que se a mesma não tiver continuidade, o produto só será suficiente para garantir as necessidades angolanas durante cerca de quatro meses. “Até à semana passada, ainda havia muito constrangimento. Na semana passada foi dada uma pequena abertura, mas caso não tenha continuidade, significa que poderemos ter a farinha de trigo durante três ou quatro meses e depois voltaremos a estar na mesma situação”, remata.