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Compradores procuram-se: fazenda no Lucala tem 1000 toneladas de soja à venda, mas faltam interessados

Andrius May, director-geral da fazenda agro-pecuária Lucalagro, informou que a empresa tem aproximadamente 1000 toneladas de soja para vender, mas faltam compradores, já que há mais de duas semanas que esperam por interessados.

: Agricultura & Mar
Agricultura & Mar  

Segundo o responsável, a fazenda situada no Lucala (Cuanza Norte) vê-se obrigada a conservar a produção no campo, devido à escassez de espaço para o stock e à dificuldade de comercialização deste grão em armazém, escreve a Angop.

O director-geral da empresa informou igualmente que além da soja armazenada, também têm cerca de 10 hectares à espera de serem colhidos.

“Para além da soja em armazém, temos ainda mais de 10 hectares por colher, na primeira safra de 2025”, referiu, falando no âmbito de uma visita de uma delegação do Fundo de Garantia de Crédito (FGC) ao Cuanza Norte e Malanje.

Na ocasião, informou que a maior parte dos compradores são do mercado interno, destacando-se Luanda e Benguela, com um preço médio a rondar os 550.000 kwanzas por toneladas.

Com o suporte do FGC, adiantou, já obtiveram dois financiamentos da banca comercial do país, que contribuiu para estimular a produção em 300 por cento e dobrAR a força de trabalho.

Segundo Andrius May, com o apoio financeiro assegurado pelo FGC, conseguiram aumentar de 1000 para 2000 hectares de área cultivada, tornar modernos procedimentos e técnicas, obter máquinas e equipamentos, apostar na cultura do girassol e aumentar o número de funcionários directos de 120 para 250, a par dos 100 temporários.

Citado pela Angop, o director referiu que a fazenda possui 5200 hectares, estando voltada para a cultivação de cereais em larga escala, destacando-se o milho, soja e girassol, além das 1200 cabeças de gado.

Em termos de produção, por exemplo, na primeira colheita 2024/2025, com o cultivo em Outubro do ano passado, o projecto agrícola apanhou 829.399 quilos de milho, em 258 hectares, restando colher 140 toneladas. 

A visita da delegação do FGC teve início na passada Segunda-feira, “com o objectivo de supervisionar projectos agro-industriais financiados com garantias públicas, promovendo o contacto directo com os beneficiários e os impactos locais das operações garantidas”, de acordo com um comunicado do governo da província do Cuanza Norte a que o VerAngola teve acesso.

Na ocasião, o  PCA do FGC, Luzayadio Simba, considerou que este tipo de acompanhamento permite avaliar o progresso dos projectos e fazer os ajustes necessários.

“Este acompanhamento permite-nos avaliar em tempo real o progresso dos projectos e ajustar os nossos mecanismos de apoio de forma mais eficiente, reforçando o papel do Fundo como catalisador de uma agricultura moderna, competitiva e sustentável”, disse, citado na nota.

 

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