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Banco Mundial quer estar em Angola com grandes projectos e a longo prazo

O director executivo do Banco Mundial disse esta Sexta-feira à Lusa que a organização quer estar em Angola a longo prazo e em projectos grandes e difíceis, garantindo às autoridades financiamento, apoio técnico e acompanhamento.

: DR (Via Expansão)
DR (Via Expansão)  

"Temos um forte compromisso de trabalhar com Angola na sua agenda de desenvolvimento; queremos estar em projectos de longo prazo e não necessariamente fáceis, como o projecto de abastecimento de água que visitámos em Luanda", disse o 'número dois' do Banco Mundial, Axel van Trotsenburg, em entrevista à Lusa a partir de Luanda, no âmbito da visita que termina esta Sexta-feira.

"Projectos como o do abastecimento de água na capital de um país onde cerca de metade dos angolanos não tem acesso a água potável é um exemplo de projectos complexos, que precisam de uma visão de longo prazo, e nós queremos estar envolvidos neste tipo de projectos porque requer um empenho duradouro, não só financeiro, mas também analítico e de acompanhamento", acrescentou o responsável no Banco Mundial pela política de desenvolvimento e parcerias.

Na entrevista à Lusa, van Trotsenburg defendeu que Angola deve apoiar o crescimento económico em sectores para além do petróleo e gás, que sejam sustentáveis e que garantam empregos para os muitos jovens que todos os anos chegam ao mercado de trabalho.

"Precisamos de ver como apoiar o país, muitas fontes de crescimento económico podem ser encontradas internamente; Angola beneficiou enormemente do petróleo e gás, mas, para garantir uma sustentabilidade, sugerimos cada vez mais que olhe para a diversificação da economia e há um grande potencial de desenvolvimento noutros sectores", salientou.

O país, afirmou, enfrenta novos desafios no 50.º ano de independência, e a vontade do Banco Mundial é estar cada vez mais envolvido no desenvolvimento: "Gostávamos de estar muito fortemente envolvidos com Angola e há uma base de cooperação incrivelmente boa e vamos apoiar o país do ponto de vista financeiro, seja através do nosso lado público ou privado, mas também do conhecimento, uma área onde podemos apresentar análises e dar a formação necessária para os responsáveis angolanos aproveitarem a base de conhecimento do Grupo Banco Mundial", disse Axel van Trotsenburg.

Nos últimos seis anos, o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (IBRD) apoiou Angola com 1,2 mil milhões de dólares, "o que mostra o forte compromisso com África", disse Axel van Trotsenburg, concluindo que o desejo de alargar o envolvimento é também extensível aos restantes países lusófonos no continente.

O director executivo do Banco Mundial termina esta Sexta-feira uma visita de cinco dias a Luanda, durante a qual reuniu com o Presidente, João Lourenço, e os principais dirigentes do país e fez uma viagem até Benguela, antes de participar, na manhã desta Sexta-feira, no fórum económico que apresenta, entre outros, um relatório sobre a economia angolana.

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