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Presidente confirma que venda do BFA está suspensa mas diz que não há “alteração de nada”

O presidente executivo do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, afirmou que a venda do Banco de Fomento Angola (BFA) foi apenas suspensa e que “não há nenhuma alteração de nada”, admitindo a entrada de possíveis interessados.

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"Houve uma suspensão do processo de venda que acabou por ser oficializado não por nossa iniciativa, isto é um processo confidencial que nós prosseguimos com comunicação permanente com as autoridades angolanas e com o nosso sócio em Angola, a Unitel", afirmou João Pedro Oliveira e Costa na apresentação dos resultados do BPI no primeiro semestre.

Segundo o presidente executivo do banco, a suspensão da venda do BFA, onde o BPI detém uma participação de 48,1 por cento, esteve relacionada "com uma volatilidade e com a alteração das condições que havia, no caso em concreto, do kwanza".

Ainda que o processo esteja suspenso, João Pedro Oliveira e Costa não exclui a possibilidade da entrada de possíveis interessados.

"O processo de venda não é fechado, não é exclusivo e por isso podem sempre aparecer novos concorrentes", garantiu.

O BFA contribuiu com 41 milhões de euros para os lucros consolidados de 256 milhões de euros do BPI no primeiro semestre, numa contribuição que recuou 59 por cento em termos homólogos e que inclui o dividendo referente a 2022 e que foi prejudicada pela desvalorização da moeda angolana.

Na conferência de imprensa da apresentação dos resultados, o presidente executivo do BPI apontou que o BFA é "uma referência, não só em Angola, mas no mercado financeiro africano".

"É uma referência, uma grande referência, a todos os níveis, em solidez, em rentabilidade, em nível de risco, em 'governance'", um facto "reconhecido pelo Banco Central Angolano e pelo Governo angolano", segundo o administrador.

Nesse sentido, qualquer decisão tomada para a venda do banco tem de "ser feita em harmonia e de acordo com aquilo que sãos os desejos e a política de Angola".

O BPI tem 48,1 por cento do BFA desde o início de 2017, quando vendeu 2% do angolano à operadora Unitel por imposição do Banco Central Europeu (BCE), pois este considera que a supervisão angolana não é equivalente à europeia.

Desde então mantém-se a recomendação de Frankfurt para o BPI reduzir a exposição a Angola.

O BPI é detido em 100 por cento pelo grupo espanhol CaixaBank.

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