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Gemcorp “frustrada” com recuo do BPI, mas continua atenta ao sector financeiro

O presidente da Gemcorp admite que o recuo do BPI quanto à venda da sua participação no angolano Banco de Fomento Angola (BFA) foi “frustrante”, mas garantiu continuar interessado, caso o processo seja retomado.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

O Jornal de Negócios avançou esta semana que o BPI decidiu suspender a venda da posição de 48,1 por cento que detém no Banco de Fomento Angola (BFA) e para a qual a Gemcorp e o grupo Carrinho já tinham apresentado proposta.

Segundo o Negócios, o BPI justificou a decisão com a contínua depreciação do kwanza.

"Sim estávamos interessados em comprar as acções do BPI no BFA e ficámos surpreendidos por terem suspendido o processo, esperamos que este processo volte a avançar no futuro", disse Atanas Bostandjiev, em entrevista à Lusa, garantindo que continuam "muito interessados".

"Somos um dos maiores investidores privados em Angola, nos últimos oito a nove anos, e temos interesse em aumentar a nossa presença no país e contribuir para a economia local em vários sectores, industrial e financeiro", acrescentou.

O presidente da Gemcorp, que tem também uma pequena participação de 1,9 por cento no banco Millenium Atlântico, salientou que a gestora de fundos britânica esta interessada em investir mais no sector financeiro.

"É frustrante, mas é um procedimento normal, para que transacção aconteça tem de haver um comprador e um vendedor disponíveis", sublinhou, afirmando acreditar que a oportunidade vai surgir novamente.

"E talvez seja ainda mais vantajosa do que era antes", apontou.

O banco português, detido espanhol CaixaBank, tinha definido a quantia de 411 milhões de euros como o valor mínimo para alienar este activo.

O BFA é controlado maioritariamente (51,9 por cento) pela Unitel, operadora de telecomunicações angolana que por sua vez pertence à Sonangol.

Neste processo de venda, o BPI tinha definido o mês de Julho como a data limite para os dois candidatos apresentarem ofertas finais vinculativas de compra dos 48,1 por cento do BFA.

Por outro lado, o Estado angolano está também interessado em alienar a sua participação de 51,9 por cento no BFA através de uma venda de acções em bolsa.

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