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Estado encaixa perto de dois milhões de kwanzas por mês com mercado Asa Branca

Um total de 1.725.000 kwanzas é quanto o Estado amealha por mês com a colecta de taxas aos utilizadores de câmaras frigoríficas para conservar pescado no mercado Asa Branca, localizado no Cazenga. Izequiel João 'Pele', administrador do mercado, explicou que existem 115 contentores frigoríficos que se encontram estabelecidos em quintais privativos e são arrendados aos vendedores de pescado, que procedem ao pagamento de 15 mil kwanzas cada, por mês, à administração. Assim, feitas as contas, a cobrança perfaz um total de 1.725.000 kwanzas por mês.

: Marcos Caetano/Angop
Marcos Caetano/Angop  

Segundo o responsável, citado pela Angop, a gestão dos contentores frigoríficos (que se encontram enumerados) está ao encargo dos donos que são responsáveis pelo aluguer aos vendedores de pescado congelado, que por seu turno fazem o pagamento mensal de tarifas ao Estado.

Já o papel da administração do mercado passa pela regularização e fiscalização da actividade comercial do pescado, bem como a criação de condições no sentido de os vendedores executarem a sua actividade e obedecerem ao pagamento das taxas ao Estado, adiantou o administrado, acrescentando que a gestão do mercado é feita por uma comissão de gestão, responsável por responder pela finalidade dada às taxas amealhadas por mês.

Embora a falta de espaço e condições não seja um problema, o responsável acabou por lamentar o facto de ainda haverem pessoas que persistem "em comercializar produtos em locais proibidos na via pública, correndo todos os riscos".

Assim, acrescentou que os espaços são facultados "a custo zero" a quem estiver interessado, ficando somente obrigado ao pagamento de uma taxa por dia de 150 kwanzas destinada à manutenção sítio e à retirada de resíduos sólidos por pessoas singulares, escreve a Angop.

O mercado Asa Branca, com quatro naves e diversas zonas a céu aberto, é uma referência na comercialização de pescado congelado, bem como de roupa usada.

As mais de 110 câmaras frigoríficas deste mercado são recheadas com peixe oriundo de Benguela, Huíla, Namibe, Cuanza Sul (Porto Amboim) e Luanda.

Relativamente aos preços do peixe – segundo vendedores, citados pela Angop –, por exemplo, 30 quilogramas de carapau encontra-se a ser vendido 35.500 kwanzas, enquanto uma caixa de 15 quilogramas de cachucho custa 17.100 kwanzas, entre outros.

Já para a roupa usada, outro produto muito presente neste mercado, os preços oscilam entre 300 e 10 mil kwanzas para todos as roupas, cuja uma das secções que mais se destaca entre os que por ali passam é a dos vestidos de noiva. Segundo Maria Sebastião, uma das vendedoras neste segmento, citada pela Angop, várias noivas têm passado por ali, incluindo figuras públicas ou "mulheres socialmente bem posicionadas e conhecidas".

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