Segundo o titular da pasta da Indústria e Comércio, estes dois produtos (farinha de trigo e pão) estão inseridos na lista de bens com sistema de preços vigiados, estando, nesse sentido, a preparar condições para a sua eficaz implementação.
O ministro acrescentou ainda ser necessário "dar mais transparência a esse normativo" e, para tal, há necessidade de fazer o acompanhamento de toda essa cadeia. "Precisamos de dar mais transparência a esse normativo. Por isso, temos que acompanhar toda cadeia, desde a produção do cereal até a produção definitiva do pão", disse Rui Miguêns, quando discursava no 'CaféCIPRA'.
Na ocasião, o governante referiu que o pão feito em Angola provém maioritariamente da farinha de trigo, sendo que o país já fabrica este produto, embora ainda não dê uma resposta satisfatória à demanda do mercado, que ainda se encontra bastante à mercê de factores exteriores, escreve a Angop.
Assim, o ministro considerou que o desenvolvimento da produção nacional passa por ser a solução para travar as importações de trigo e, consequentemente, impedir que os preços aumentem.
Segundo Miguêns, citado pela Angop, o crescimento do grau de produção de cereais vai possibilitar que as empresas tornem os grãos de trigo em farinha, reforçando assim a sua oferta no mercado.
Entre outros aspectos, referiu ainda que o sector quer também garantir a transformação da produção agrícola nacional, no sentido de os produtos chegarem ao consumidor final com preços acessíveis.
Segundo Gilberto Simão, presidente da Associação das Indústrias de Panificação e Pastelaria de Angola (AAIPA), o trigo importado para dar resposta à demanda interna do país encontra-se a ser novamente exportado para a vizinha República Democrática do Congo (RDC), situação que tem provocado a falta deste produto no mercado.
Citado pelo jornal Opaís, o responsável diz que para tentar colocar um fim a esta situação o Executivo deve avançar com a proibição da exportação da farinha de trigo em prol da produção nacional.