“Não há nenhuma proibição da União Europeia relativamente à comercialização dos diamantes angolanos, a União Europeia incide numa empresa que é sócia do Catoca [Alrosa], mas nós estamos em meios políticos a resolver a situação”, disse o secretário dos Recursos Minerais, Jânio Correia Vítor.
Falando à margem da cerimónia de apresentação das realizações do subsetor diamantífero em 2023, o governante, que não mencionou na sua intervenção o nome da multinacional russa, assegurou, no entanto, que não haverá proibição da venda de diamantes angolanos no espaço europeu.
“Posso garantir que, em princípio, estamos a acautelar a situação e não haverá de todo uma proibição da comercialização [dos diamantes angolanos], uma vez que nós temos, para além do Catoca, temos uma série de sociedades mineiras e projetos também onde não existe a presença dessa empresa”, dando o exemplo da Sociedade Mineira do Luele, "onde a empresa não se faz presente também", respondeu aos jornalistas.
A possível saída da empresa mineira russa Alrosa da Sociedade Mineira de Catoca, onde detém uma participação de 41 por cento, é um assunto que tem sido abordado desde finais de 2023, no quadro das sanções impostas na sequência da invasão da Ucrânia.
A Sociedade Mineira de Catoca é uma empresa nacional de prospecção, exploração, recuperação e comercialização de diamantes. A sua estrutura accionista é constituída pela Endiama (41 por cento), Alrosa (41 por cento) e a Endiama Mining (18 por cento), parcela expropriada em 2022 à Leviv International Holding BV.
