Em Angola, um dos importantes mercados da Alrosa, a empresa deverá reunir ainda este mês com o Governo para debater uma possível saída da Sociedade Mineira de Catoca, onde os russos têm uma participação de 41 por cento, igual à da Endiama, a que somam mais 18 por cento da Endiama Mining, que ficou com os 18 por cento expropriados no ano passado à Leviev International Holding BV.
"Apesar do longo histórico de relações com a empresa, as sanções internacionais relacionadas com a guerra na Rússia e Ucrânia colocaram-na num patamar de toxicidade que afecta a comercialização de diamantes e também as operações da sociedade mineira", escreve o jornal Expansão.
Refira-se que a companhia russa começou a sofrer as sanções dos Estados Unidos da América em Abril de 2022, pouco tempo depois do início da invasão da Ucrânia, e a União Europeia, em meados deste mês, proibiu a compra e exportação de diamantes russos, seguindo o exemplo anunciado pelo G7 no princípio do mês.
A partir de 1 de Janeiro, continuará proibida a importação de diamantes da Rússia, que recebe cerca de 4 mil milhões de euros por ano graças à venda das pedras preciosas.
Apesar das sanções, a empresa cumpriu o seu plano de produção. A Alrosa, o maior produtor mundial de diamantes, conseguiu cumprir na totalidade o seu plano de produção este ano, extraindo 34,6 milhões de quilates apesar das sanções ocidentais, anunciou, esta Sexta-feira, a empresa.
"Apesar do contexto negativo, a companhia cumpriu 100 por cento do seu plano de extracção de diamantes, de 34,6 milhões de quilates", disse o director-geral da Alrosa, Pável Marínichev, durante uma reunião com o governador da região russa Yakutia, de acordo com a agência espanhola de notícias, a Efe, que cita informações do Governo local.
A produção de diamantes de 2023 fica "ligeiramente abaixo da produção de 2022, quando foram produzidos 35,6 milhões de quilates", acrescentou o responsável, vincando que para 2024 o plano é manter todas as fábricas a trabalhar na capacidade total.