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Angolano assume pela primeira vez presidência da Arquitectura de Governação Africana

A presidência da Arquitectura de Governação Africana foi assumida por Angola. Wilson de Almeida Adão, o angolano escolhido para o cargo, considerou que a sua “eleição representa um feito significativo para a diplomacia angolana, por pela primeira vez ser eleito um angolano para este cargo”.

: Paulo Mulaza/Edições Novembro
Paulo Mulaza/Edições Novembro  

A escolha de Wilson de Almeida Adão – que passa agora a desempenhar as funções de presidente da Arquitectura de Governação Africana, num mandato de dois anos – foi unânime e teve lugar, nesta Terça-feira, na sede da União Africana (UA), em Addis Abeba, na Etiópia, no âmbito das preparações para a 37.ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da UA, que acontece no próximo fim-de-semana.

"A minha eleição representa um feito significativo para a diplomacia angolana, por pela primeira vez ser eleito um angolano para este cargo", considerou Wilson de Almeida Adão, em declarações à imprensa, citadas pelo Jornal de Angola.

Na ocasião, o angolano – que, em Novembro de 2023, também foi escolhido para o cargo de presidente do Comité de Peritos dos Direitos e Bem-Estar das Crianças da UA – disse ainda tratar-se, "acima de tudo", de um "reconhecimento da competência e dedicação dos quadros angolanos em prol das instituições africanas".

Segundo o responsável, "trata-se de uma plataforma onde estão englobados vários organismos e instituições da UA, associadas a outras instituições regionais como a SADC e a COMESA", cujo objectivo passa pela promoção da boa governação, democracia e respeito dos direitos humanos. Além disso, acrescentou, a arquitectura também pretende o estabelecimento de um leque de políticas e normas que visam a promoção da democracia no continente africano, bem como garantir "o respeito pela Carta Africana sobre a Democracia, Eleições e Boa Governação".

Citado pelo Jornal de Angola, Wilson de Almeida Adão disse que os Estados africanos no que diz respeito à democracia se debatem com "desafios diferentes", acrescentando: "Existem Estados que já possuem um nível consolidado de fortalecimento da sua democracia interna, mas há desafios que outras Nações africanas enfrentam no capítulo democrático".

Entre outros aspectos, fez igualmente menção aos golpes inconstitucionais que se têm vindo a registar no continente, algo que tem preocupado a UA, que trabalha "incansavelmente" para tentar travar esta situação.

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