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Governo desembolsa mais de 22 milhões para construir central fotovoltaica do Cuito

Foi lançada, nesta Quarta-feira, a primeira pedra para a construção da central fotovoltaica do Cuito, na província do Bié. O acto assinala assim o arranque da empreitada, que vai custar aos cofres do Estado mais de 22 milhões de dólares.

: Facebook Governo da Província do Bié
Facebook Governo da Província do Bié  

Segundo o Jornal de Angola, o Governo vai desembolsar um total de 22.527.260,13 dólares (20.883.712 euros) para erguer o referido projecto fotovoltaico, que tem uma capacidade de 14.625 megawatts e cuja primeira pedra foi colocada pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.

Em declarações à imprensa, após o acto de colocação da primeira pedra, o governante afirmou que o Governo está "a caminhar" para o seu "grande objectivo de governação", através da aposta no projecto de electrificação do país.

Segundo o ministro, citado num comunicado do Governo da Província do Bié, a que o VerAngola teve acesso, "o sector eléctrico do país, constitui-se actualmente no que mais tem vindo a crescer, sobretudo na produção de energia mais barata e sustentável gerada fundamentalmente do maior rio do país, o Cuanza".

Referiu igualmente que, através de barragens, a energia encontra-se a "ser transportada" para todo o país.

Actualmente, garantiu que "existe no país, uma capacidade energética não só, para atender a necessidade actual assim como as futuras também", acrescentando que os "grandes desafios do sector" passam por "estender este bem público a todos os municípios que ainda sobrevivem de grupos geradores".

Na ocasião, entre outros aspectos, referiu que as vilas de Catabola e Camacupa, "poderão, de forma simultânea, receber energia da rede nacional já a partir do primeiro trimestre de 2024, concluída que está a linha de transportação a partir da subestação do Cuito".

"No corredor norte, estão as vilas do Cunhinga, Andulo e Nharêa, segundo João Baptista Borges, todas estão integradas no projecto solar 2 que visa a extensão de energia que para tal, sairá uma linha de aproximadamente 30 quilómetros do Cuito até a uma subestação que será erguida no Município do Cunhinga", lê-se no comunicado.

O titular da pasta da Energia e Águas esclareceu que dali vai sair "uma outra linha de alta tensão que levará a energia até às vilas do Andulo e Nharêa", cujo projecto deverá beneficiar 121 mil famílias no Andulo e 7000 em Nharêa.

"Para a localidade do Chinguar, a sudoeste da província, está aprovado igualmente a construção de uma subestação dentro da linha de extensão da rede nacional a partir do Chachiungo na província do Huambo", acrescenta a nota.

Entre outros aspectos, o ministro salientou que "o objectivo do executivo angolano é parar com as centrais térmicas".

Segundo o presidente do Conselho de Administração da empresa pública de Produção de Electricidade (PRODEL), Pedro Afonso, citado pelo Jornal de Angola, a central fotovoltaica do Cuito beneficiará, a partir de 2025, cerca de 90 mil famílias do Cuito, Cunhinga e Catabola.

Já Elizabeth Alves, da Making Celebration Amazing (empresa que tem a seu encargo a empreitada), fez saber que o referido projecto gerará mais de 150 empregos directos, cujos 70 na primeira fase.

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