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Chevron adia para 2019 arranque de extracção em novo campo petrolífero angolano

A petrolífera norte-americana Chevron, através da sua subsidiária Cabinda Gulf Oil Company (Gabgoc), foi autorizada pelo Governo a adiar para Agosto de 2019 a primeira extracção de petróleo na área de desenvolvimento de Lucapa, no bloco 14.

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A informação consta de um decreto executivo assinado pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Pedro Azevedo, de 22 de Novembro e ao qual a Lusa teve acesso, tendo o Governo acolhido os argumentos da Gabcoc, operadora do bloco 14, no offshore de Cabinda.

O documento refere que na origem do pedido de adiamento da data para início da exploração petrolífera naquele campo estão riscos como a "fuga de hidrocarbonetos do reservatório para o leito do mar", como resultado da presença de "uma enorme falha na estrutura e sobrecarga fina", devido ao desfiladeiro do rio Congo, entre outros.

A situação levou mesmo à suspensão, em 2013, de actividades preliminares de engenharia naquele perfuração, para "avaliação e melhor entendimento dos riscos técnicos associados ao projecto".

No bloco 14, a Chevron tem como associados a Sonangol Pesquisa e Produção (20 por cento), além dos franceses da Total (20 por cento), a italiana ENI (20 por cento) e a portuguesa Galp Energia Overseas (9 por cento).

O prazo do primeiro levantamento de ramas de petróleo da área de desenvolvimento do Lucapa, no bloco 14, é assim prorrogado para 15 de Agosto de 2019.

A Chevron opera e detém uma participação de 31 por cento no contrato de partilha de produção no bloco 14, em águas profundas, que garante uma produção diária líquida de 25.000 barris de petróleo, através dos campos Benguela, Belize, Lobito, Tomboco, Belize Norte, Benguela Norte, Tômbua e Landana. Em desenvolvimento estão os campos Lucapa e Malanje.

Através da Gabgoc, a Chevron produz em Angola mais de 121.000 barris diários de petróleo, distribuídos pelas concessões dos blocos offshore 0 e 14, e na área ‘onshore' Fina Sonangol Texaco (FST).

Precisamente em Cabinda, mais de mil pescadores artesanais locais levaram este mês a Chevron a tribunal, queixando-se de prejuízos por reparar de um derrame de petróleo ocorrido naquele enclave, em 2005.

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