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José Eduardo dos Santos confirma renovação no MPLA “aquém” do previsto

O presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), José Eduardo dos Santos, anunciou esta Terça-feira uma renovação nos 311 membros do Comité Central do partido que governa o país desde 1975, a qual ficará "aquém" do previsto anteriormente.

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"A comissão de candidaturas elaborou a lista dos candidatos que o Bureau Político apresentará ao Comité Central, para que a submeta ao VII congresso do MPLA, com vista à sua eleição. Foi observado o princípio da continuidade e renovação dos actuais membros do Comité Central, embora as percentagens preconizadas ficassem ligeiramente aquém do previsto", disse José Eduardo dos Santos.

O presidente do partido e chefe de Estado, que anunciou anteriormente que deixa a vida política activa em 2018, discursava em Luanda na abertura da reunião extraordinária do Comité Central do MPLA para preparação do VII congresso ordinário, que arranca a 17 de Agosto e que aprovará a sua recandidatura ao cargo e a lista àquele órgão.

Em Novembro do ano passado, o líder do MPLA tinha anunciado a renovação de 45 por cento dos cargos de direcção, nos vários escalões previstos nos estatutos do partido.

"O MPLA é um partido que cresce e se renova, e que atribui uma grande importância à integração dos jovens e mulheres nas suas fileiras e nos órgãos de direcção, a todos os níveis, por forma a aumentar a sua participação na vida do partido e da sociedade", enfatizou hoje José Eduardo dos Santos, na abertura da última reunião do Comité Central antes do congresso, que elegerá os novos membros.

A lista a propor pelo Bureau Político ao congresso não foi ainda divulgada, sendo apenas conhecida a recandidatura - único candidato - de José Eduardo dos Santos ao cargo de presidente do partido.

"Há membros deste órgão que durante muito tempo deram a sua contribuição para o fortalecimento e engrandecimento do partido e vão cessar a actividade em virtude do processo de renovação. Nós exprimimos a todos eles os nossos agradecimentos pelo trabalho realizado e pelo zelo e dedicação com que se empenharam no cumprimento de todas as tarefas. Estou convencido que no âmbito da rotação de quadros, as instâncias competentes do partido os encaminhará para outras missões", disse José Eduardo dos Santos.

"Em 2012, em eleições gerais, fui eleito Presidente da República e empossado para cumprir um mandato que nos termos da Constituição da República termina em 2017. Assim, eu tomei a decisão de deixar a vida política activa em 2018", disse José Eduardo dos Santos, mas sem concretizar até agora como será feita a transição ou se pretende ainda concorrer às próximas eleições gerais, dentro de um ano.

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