Em Luanda, a sala fica no Liceu 14 de Abril, n.º 2003, no município do Kilamba, enquanto no Namibe, a sala foi instalada no Liceu n.º 58M Welwitschia Mirabilis, em Moçâmedes.
Na ocasião, a primeira-dama da República considerou que não estão só a inaugurar uma sala, mas sim "possibilidades".
"Hoje não estamos a inaugurar uma sala. Estamos a inaugurar possibilidades, a inaugurar um caminho que reforça a minha convicção de que a educação é o exército mais sólido para um desenvolvimento integrado e sustentável", disse Ana Dias Lourenço.
A primeira-dama, citada pela Angop, também destacou o impacto real da tecnologia no ensino, a capacidade de um único docente formar mais de 1000 estudantes ao mesmo tempo, bem como a eliminação de obstáculos geográficos, por via da ligação entre escolas, entre outros.
Ana Dias Lourenço falou ainda da conexão directa entre as duas escolas que possuem este tipo de salas, nomeadamente o liceu no Kilamba e o liceu em Moçâmedes, possibilitando que sejam partilhados conteúdos, experiências e aulas em tempo real.
Segundo a responsável, foi assim criada uma "fonte digital" entre os dois liceus, numa ligação que ultrapassa barreiras geográficas. "Criámos uma fonte digital entre o Liceu 14 de Abril e o Liceu Welwitschia Mirabilis. Essa ligação transcende barreiras geográficas, aproxima saberes, experiências e sonhos", disse, deixando ainda uma palavra de incentivo aos alunos no sentido de tirarem proveito, com responsabilidade e criatividade, desta valiosa oportunidade de aprenderem e ampliarem os seus conhecimentos.
Por sua vez, o CEO da Huawei Angola, António Hou, citado pela Angop, acredita que a tecnologia pode criar pontes entre áreas urbanas e rurais, assegurando que "cada criança tenha acesso a uma educação justa, moderna e inclusiva".
Segundo o responsável, o projecto conta com três fases funcionais, cuja primeira é por meio da sala inteligente, onde os docentes conseguem ministrar aulas à distância para estudantes em qualquer local do país, desde que possuem um equipamento digital.
O CEO da tecnológica disse ainda que as aulas vão ser gravadas e colocadas à disposição em formato de vídeo, gerando uma plataforma educacional acessível, na qual poderão ser inseridos conteúdos de ensino internacionais em língua portuguesa e língua inglesa.
A inteligência artificial é outra ferramenta que irá ajudar os professores a preparar materiais, organizar exames e responder a dúvidas dos estudantes, escreve a Angop.
"Este programa suporta 250 salas inteligentes ao mesmo tempo e até 1400 alunos com dispositivos conectados online, com previsão de expandir ao longo do tempo", acrescentou.
Segundo a Angop, a sala de Luanda, que conta com tecnologia de ponta como o Huawei IdeaHub, integra um projecto piloto que tem a promoção da Fundação Ngana Zenza para o Desenvolvimento Comunitário, com o apoio da Huawei Angola.
Já o governo provincial do Namibe, em comunicado a que o VerAngola teve acesso, refere que a inauguração da sala na província vai permitir munir os alunos com "conhecimentos essenciais para enfrentarem os desafios da era digital".
"Com a inauguração da sala inteligente no Liceu Welwitschia Mirabilis, estão assim criadas as condições para munir os estudantes com conhecimentos essenciais para enfrentarem os desafios da era digital, conciliando a teoria com a prática, estabelecendo a interligação com salas inteligentes à distância, partilhando a plataforma com outras províncias e países com sistemas similares", lê-se na nota.