Segundo um comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso, o encontro serviu essencialmente para analisar os "impactos das recentes alterações no preço do combustível, que afectaram também a tarifa de táxi, incluindo a actualização de rotas e itinerários, bem como as acções económicas procuradas pelos taxistas".
A reunião também se focou na "fiscalização e coordenação entre as diversas entidades envolvidas, como as direcções provinciais de transportes, a polícia e os serviços de mobilidade, especialmente em relação aos táxis colectivos".
Segundo Énio Costa, presidente do Conselho de Administração (PCA) da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), é necessário haver "diálogo contínuo e colaboração" entre as autoridades e os operadores do sector.
Em declarações à imprensa, depois do encontro, o PCA da ANTT disse que a reunião foi positiva, dado que possibilitou analisar questões pendentes e "projectar os passos subsequentes".
Énio Costa disse que, no fundo, se deve "continuar esta caminhada de diálogo" para se chegar a soluções.
"No fundo, é continuar esta caminhada de diálogo para que, de facto, possamos encontrar soluções conjuntas que, acima de tudo, possam ser benéficas tanto para os operadores quanto para as populações que utilizam os serviços de transportes", disse, citado no comunicado.
Já António Alberto Freitas, presidente da Cooperativa dos Taxistas e Motociclistas, realçou o avanço "nas discussões e preocupações persistentes".
"Uma das questões levantadas foi a necessidade de actualização do Decreto Presidencial 128/10, que regula a actividade dos taxistas e o problema do encurtamento das rotas pelos condutores, algo que impacta negativamente na qualidade do serviço e nos rendimentos dos taxistas", lê-se no comunicado.
Contudo, segundo Alberto Freitas o balanço feito é positivo: "O balanço que nós fizemos é positivo. Esperamos, mais uma vez, trabalhar com o Executivo de maneira a reestruturar os itinerários apresentados" durante a reunião, referiu.
Quem também interveio na ocasião foi António Gavião Neto, presidente da Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA), que falou sobre as dificuldades encaradas pelos transportadores de mercadorias, especificamente no que se refere às taxas de transporte entre o país e a vizinha República Democrática do Congo, referindo que a "cobrança desigual de taxas nas fronteiras continua a ser um desafio significativo".
"As empresas angolanas que transportam mercadorias para o Congo enfrentam taxas de cerca de 4000 dólares, enquanto os transportadores congoleses que entram em Angola pagam apenas 50 dólares por cada camião", disse, tendo realçado o facto de ser necessário haver uma "política de reciprocidade entre os dois países".
"Todos saímos satisfeitos da reunião. Aliás, é um procedimento pedagógico que o nosso Executivo hoje está a empreender, o que fortalece a relação entre os parceiros económicos e anima uma maior atenção à actividade das duas classes em prol da nação", acrescentou Gavião Neto.
Recorde-se que a primeira reunião de Lima Massano com os operadores do sector dos transportes realizou-se em Junho, estando a próxima reunião prevista para Maio de 2025.