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Operadoras de transportes de Luanda querem infra-estruturas melhoradas e mais segurança

As operadoras de transportes colectivos urbanos de Luanda apresentaram uma lista de preocupações ao ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano. Entre as preocupações, apresentadas nesta Quarta-feira, durante um encontro de auscultação aos operadores de transportes colectivos urbanos daquela província, constam as infra-estruturas rodoviárias, bem como a segurança nas estradas, tendo as empresas pedido “maior apoio do Governo e menos burocracia nos processos, para que possam prestar um serviço mais eficiente à população”.

: Facebook Governo de Angola
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Segundo um comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso, no encontro os representantes das empresas "colocaram à consideração do Governo" questões ligadas à "aquisição de peças e acessórios, obtenção de divisas para compra de peças", bem como fizeram uma avaliação dos efeitos que resultam do recente ajuste da tarifa.

Em declarações no fim da reunião, Carlos Carneiro, presidente da Associação dos Transportes Colectivos Urbanos de Passageiros de Angola (TRANSCOL), afirmou que apesar do recente ajuste dos preços, a tarifa actual "não é a desejada" pelas empresas.

"Se olharmos para aquilo que está prognosticado relativamente à tarifa de 0,60 cêntimos de dólar, que já faz parte de decretos executivos anteriores, hoje nós estamos com 0,17, quase 0,18 cêntimos de dólar. A diferença é abismal", referiu, citado no comunicado.

Já Edgar Oseias, administrador da Rosalina Express, mencionou a "perda da capacidade de investimento por parte dos empresários do sector", lê-se na nota.

Segundo o responsável, a tarifa anterior não originava "receitas suficientes para motivar qualquer forma de investimento", tendo chegado ao ponto de o Governo intervir. "A tarifa anterior não gerava receitas suficientes para motivar qualquer forma de investimento, ao ponto de ter sido o Governo a fazer a intervenção, a título de crédito, recorrendo ao sistema de pagamento de prestações, para recapitalizar as empresas", afirmou.

Já para Mário Nzinghi, presidente da Comissão Executiva da Empresa Nacional de Bilhética Integrada (ENBI), é necessário que todos os participantes do sistema nacional de transportes estejam "ajustados à nova forma de serviço", a fim de funcionar e corresponder, verdadeiramente, às expectativas dos cidadãos.

Segundo Mário Nzinghi, está-se a falar "a nível da organização do próprio sistema": "Estamos a falar a nível da organização do próprio sistema, do modelo do sistema tarifário, que permite introduzir correcções nas tarifas para que se mantenha ou se garanta a sustentabilidade da própria actividade".

Na ocasião, Énio Costa, presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), apontou que "a nível da província de Luanda algumas infra-estruturas estão a ser reparadas, apesar de dificuldades financeiras para executar algumas obras", acrescentando que no que diz respeito à segurança se está a trabalhar com a Polícia Nacional, tendo em vista o reforço da segurança, "para melhor protecção dos meios circulantes", designadamente dos autocarros e caminhos-de-ferro.

Énio Costa esclareceu que "há um trabalho conjunto que está a ser feito que envolve vários departamentos ministeriais".

"Há uma coordenação que está a ser feita e medidas estão a ser tomadas no sentido de se garantir uma melhor segurança para os operadores de transportes de passageiros e todos aqueles que usam esses serviços públicos", acrescentou.

O encontro desta Quarta-feira teve lugar no antigo CDI na Cidade Alta e também estiveram presentes Ricardo D'Abreu e Vera Daves, ministros dos Transportes e das Finanças, respectivamente, e ainda Manuel Homem, governador de Luanda.

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