"A electrificação chegará a mais de um milhão de pessoas de 60 comunas, nas províncias de Malanje, Bié, Moxico, Lunda Norte e Lunda Sul", informa o Ministério da Energia e Águas, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.
A cerimónia de consignação e lançamento da primeira pedra, segundo a nota, foi presidida pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, "ladeado pela governadora provincial, Deolinda Vilarinho, pelos embaixadores da República de Portugal, Francisco Alegre, e da República Federal da Alemanha, Stefan Traumann, e altos responsáveis do sector da Energia, DNEER, PRODEL, ENDE".
Conforme a tutela, o auto foi assinado por altos responsáveis das empresas, sendo que "em representação do Governo angolano a PRODEL para acompanhante e fiscalização do dono da obra e como empreiteiro principal da obra, o Grupo português MCA".
Na ocasião, o ministro disse tratar-se de "um marco assinalável no desenvolvimento da electrificação do país", tendo realçado a prioridade do Presidente da República, João Lourenço, "que definiu metas na sua agenda para que mais famílias angolanas, nos pontos mais longínquos deste país, tenham energia mais limpa, barata, prevendo atingir cerca de 70 por cento até 2027 na Matriz Energética Nacional em energias renováveis e assim, melhorar a qualidade de vida de todos angolanos ainda desprovidos da energia da rede pública nacional".
Citado na nota, João Baptista Borges deixou ainda um apelo à população local no sentido de preservar os bens públicos e denunciar os actos de vandalismo.
De acordo com o comunicado, na Lunda Norte, 74.368 famílias em 15 comunas serão beneficiadas pelo projecto. Já na vila de Cafunfo, vão ser realizadas 29.150 ligações domiciliares com sistema pré-pago.
"Será construído um parque fotovoltaico com 72 mil painéis, que terão a capacidade de produzir 41.4 megawatts, mais 111,45 MW armazenados em baterias, para produção nocturna", lê-se na nota, que acrescenta que o parque fotovoltaico de Cafunfo está avaliado em mais de mil milhões de euros e a sua construção terá duração de três anos.
"O projecto, conta com parceiros estratégicos, cujo financiamento e/ou apoio financeiro de 1,2 mil milhões de euros feito pela empresa alemã Euler Hermes", informa a tutela.
Segundo o comunicado, o projecto insere-se na estratégia do Plano Angola 2025, "definida pelo Governo, que visa levar a energia eléctrica limpa a áreas urbanas e rurais, através da expansão da rede eléctrica nacional e da construção de parques fotovoltaicos, transformando Angola num país próspero, moderno e com uma inserção crescente na economia mundial e regional".
