Segundo um comunicado do Ministério da Energia e Águas, a que o VerAngola teve acesso, esta barragem, que está a ser construída no município da Cahama (Cunene) desde 2022, apresenta uma execução física na ordem dos 28 por cento, prevendo-se que as obras fiquem concluídas no final do próximo ano.
"De um modo geral, a barragem da Cova do Leão prevê beneficiar cerca de 50.000 habitantes, com a previsão de terminar as obras no final de 2026", lê-se na nota.
Além da barragem, cuja capacidade de armazenamento será de cerca de 53 milhões de metros cúbicos de água, o projecto irá compreender ainda um sistema de captação e abastecimento de água potável.
"O projecto prevê, para além da barragem, que terá uma capacidade de armazenamento de água na ordem dos 53 milhões de metros cúbicos de água, um sistema de captação e abastecimento de água potável, que vai abastecer as localidades da Cahama, Otchindjau e outras", refere o comunicado, que acrescenta que o município do Curoca "vai igualmente beneficiar de um sistema de abastecimento de água, através de furos artesianos".
Contudo, em breve, "cerca de 5000 habitantes do Chitado serão beneficiados com a conclusão do sistema de abastecimento de água desta localidade, com captação, tratamento e distribuição, tendo como fonte de água o rio Cunene", informa a tutela, que refere igualmente que "o gado será igualmente beneficiado, através de bebedouros que estão ao longo da conduta, que tem 63 quilómetros".
Nesta jornada, o ministro também visitou as obras da barragem do Calucuve, que apresenta um nível de execução física de 78 por cento.
Situada no município do Cuvelai, comuna do Mukolongondjo, a infra-estrutura prevê "beneficiar perto de 200.000 cabeças de gado e mais de 80.000 habitantes da região".
Este projecto "prevê a construção, para além da barragem de 31,60 metros de altura e 2184 metros de comprimento que irá armazenar cerca de 141 milhões de metros cúbicos de água", de um "canal adutor de 240 quilómetros e 22 chimpacas".
Já a barragem do Ndué, também situada na comuna do Mukolongondjo, "contempla também uma barragem de 32,80 metros de altura e 1500 metros de comprimento, com possibilidade de armazenar 170 milhões de metros cúbicos de água, com um canal adutor associado de 75 quilómetros, com 15 chimpacas, para diversos fins de cariz económico e social, beneficiando a população, a agricultura e o gado ao longo do canal".
Este projecto irá beneficiar "cerca de 55.000 habitantes, 60.000 cabeças de gado e tem uma execução física de 86 por cento, estando prevista a sua conclusão até ao final do ano em curso", lê-se na nota, que refere ainda que o Ndué conta com vários postos de trabalho, "que rodam os 4000 trabalhadores, na sua maioria jovens".
A visita a estas infra-estruturas enquadra-se na visita ao sul do país que o titular da pasta da Energia e Águas realiza. Segundo o comunicado, esta jornada pelo sul tem como "objectivo de avaliar os empreendimentos estratégicos para aumentar a disponibilidade de água e energia nesta região, bem como mitigar os efeitos nefastos da seca cíclica que tem vindo a assolar esta região do país".
Na província do Cunene, João Baptista Borges, fazendo-se acompanhar do secretário de Estado para as Águas, António Belsa da Costa e da "comitiva de responsáveis do Ministério da Energia e Águas que o acompanha desde Luanda" constatou o "andamento das obras de construção das barragens da Cova do Leão, Calucuve e Ndúe".