A redução na entrada de divisas e a redução da importação de bens e serviços, está originar uma subida galopante da taxa de inflação que até à presente data cifra-se em 12,40%, segundo a última publicação do Instituto Nacional de Estatística (INE) referente ao mês de Outubro, valores acima do reflectido no Orçamento Geral do Estado (OGE) revisto, e cuja meta se encontra fixada nos 9 por cento, ou seja, têm sido a principal influenciadora da significativa subida dos preços dos bens e serviços praticados na economia angolana.
A redução da receita acabou por se repercutir nas despesas públicas, sendo o executivo angolano obrigado a efectuar cortes nas despesas e investimentos em mais de 50 por cento.
Ultimamente, a crise passou a fazer parte da maioria dos discursos e passou a ser motivo de justificação para tudo e todos, subida de preços, alguns arbitrariamente, de superfícies comerciais, lojas a retalho, prestações de serviços, por curioso que pareça, serve até para justificar o incumprimento de certos projectos e programas, muitos deles com grau de execução financeira superior ao grau de execução física ou técnica.
Ficamos atónitos como o termo “crise” tem sido nos últimos dias mal empregue ou banalizado, as superfícies e empresas possuem a denominada estrutura de cálculo ou formação de preço e, deve ser está a base para alteração e formação dos preços em função dos inputs ou todos custos (custos totais) e matérias primas utilizadas durante o processo produtivo.
Destarte, existe a necessidade de se pautar por maior parcimónia, rigorosidade, honestidade e transparência pois não é correcto utilizar –se da “crise” como subterfúgio para tentar encobrir a incompetência, ou mau trabalho por muitos prestado.
A crise é apenas uma variável influenciadora da situação difícil que o pais está atravessar, mais não a principal, pois existem outras como: má ou danosa gestão, a incompetência, bajulação excessiva, entre outras (os) que peso significativo têm exercido na gestão deficiente ou comportamentos displicentes que hodiernamente se têm registado na má ou débil prestação de serviço público a sociedade.
A crise existem sim, mas não nos vamos aproveitar dela!
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