Segundo o responsável, financiamentos também estão em cima da mesa, tendo adiantando que até 2026 está previsto financiar pelo menos 250 micro, pequenas e médias empresas.
Laércio Cândido falava, esta Segunda-feira, após uma reunião entre Ivan dos Santos, secretário de Estado para o Investimento Público e uma missão de acompanhamento e supervisão do Banco Mundial, que está no país até 18 de Outubro para avaliar o grau de implementação das quatro componentes que compõem o 'Diversifica Mais'.
Sobre esta visita de trabalho da equipa do Banco Mundial, o responsável, citado pela Angop, esclareceu que a reunião possibilitará colaborar com as agências responsáveis pela implementação e a unidade de execução do projecto, que apresenta um nível de concretização satisfatório de acordo com as actividades planeadas.
Segundo Laércio Cândido, as actividades incluem apoiar e melhorar o ambiente de negócios no Corredor do Lobito, bem como fortalecer as infra-estruturas que já existem, por meio de investimentos catalíticos no sentido de assegurar a atractividade.
O responsável disse ainda que essas infra-estruturas possuem a parceria público-privada que irá possibilitar financiar micro e pequenas empresas localizadas no referido corredor tendo em vista o crescimento da cadeia de valor.
Em jeito de balanço sobre o 'Diversifica Mais', o director disse que em aproximadamente nove meses de execução do projecto, foram já obtidos alguns resultados e elaboradas actividades que contribuem para o sucesso do projecto, bem como aproveitou para recordar que, recentemente, o Fundo de Garantia de Crédito celebrou um acordo com entidades financeiras para facilitar a concessão de créditos às micro, pequenas e médias empresas, à luz do 'Diversifica Mais'.
O projecto 'Diversifica Mais' conta com um financiamento de 300 milhões de dólares do Banco Mundial e tem em vista melhorar o ambiente de negócios e reforçar equipamentos, recursos técnicos e infra-estruturas no Corredor do Lobito, que contará com um investimento na ordem de aproximadamente 40 milhões de dólares. Já no que diz respeito ao fortalecimento das infra-estruturas, o responsável disse que o projecto dispõe de aproximadamente 100 milhões de dólares.
"Pensamos que, até 2029, teremos o alargamento das competências do processo de licenciamento de empresas por intermédio da abertura de novos balcões e Guiche Único da Empresa. Teremos também o IGCA [Instituto Geográfico e Cadastral de Angola] reforçado para garantir uma maior acessibilidade aos direitos fundiários por parte dos agricultores e potenciais detentores de terras que terão os seus processos facilitados com esta intervenção", disse o responsável, citado pela Angop.
Com a implementação do programa 'Diversifica Mais', pretende-se alcançar um Plano Director do Corredor do Lobito, diminuir em 20 por cento o tempo de libertação de mercadorias na alfândega, utilizando instrumentos de automatização direccionados ao comércio internacional e ainda atribuir três projectos produtivos no decurso deste ramal ferroviário.
Além disso, adianta a Angop, o caminho ferroviário irá identificar as carências em termos tecnológicos de 10.000 empresas, cujas metade dirigidas por mulheres, com 2000 a serem orientadas para melhorar as suas habilidades em termos de gestão e incorporação de tecnologia.