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Presidente cessante da União Interparlamentar faz balanço positivo do seu mandato

O presidente cessante da União Interparlamentar (UIP), o português Duarte Pacheco, fez um balanço positivo do seu mandato, que, disse, reforçou a visibilidade da organização em todo o mundo.

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Duarte Pacheco, que falou à Lusa à margem da 147.ª assembleia da UIP, destacou o aumento do número de parlamentos associados da organização, com 180 membros, com a aprovação esta Terça-feira, em Luanda, das Bahamas, restando apenas 13 para os cem por cento dos Estados reconhecidos pelas Nações Unidas.

Segundo Duarte Pacheco, foi também reforçada a governação da organização, com uma nova estratégia de comunicação, uma política contra a violência "mesmo dentro da organização, porque qualquer tipo de assédio pode existir e é preciso precaver".

O deputado português apontou também "questões simbólicas" como a criação do Prémio "Cremer-Passy", nome dos dois fundadores da organização, a ser atribuído todos os anos e pela segunda vez em Angola, a um parlamentar com destaque mundial em favor da democracia, dos direitos humanos e do parlamentarismo.

Durante o mandato foi também criado o hino da organização, que foi tocado pela primeira vez em Luanda, destacou Duarte Pacheco, acrescentando que foi dada atenção a todos os conflitos, procurando dar respostas.

O presidente em fim de mandato, que deverá ser substituído por uma das quatro mulheres africanas que concorrem à sua sucessão, considerou "muito importante" que seja alguém de África, que a eleição ocorra em Angola e por ser uma mulher.

Para a presidência da UIP são candidatas Adji Kanoute, do Senegal, Catherine Hara, do Malawi, Tília Ackson, da Tanzânia, e Marwa Hagi, da Somália.

"Temos que mostrar que a União Interparlamentar é um espaço onde ambos os géneros têm capacidade, têm hipótese, de aspirar a ser presidente da UIP. Antes de mim era uma senhora, uma senadora mexicana, foi um homem e outra vez uma mulher, acho que damos um bom exemplo ao mundo de como as coisas deviam ser, desejo as maiores felicidades", referiu.

De acordo com Duarte Pacheco, a sua sucessora assume a presidência da organização num momento difícil, porque "vai ter que ter muito engenho e arte para tentar promover sempre o diálogo, para a resolução dos conflitos e continuar a fortalecer a UIP".

"Mas eu conheço as candidatas e sei que elas têm essa capacidade e essa vontade", afirmou.

Duarte Pacheco considerou que sem paz não se pode pensar no resto dos outros Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), porque os recursos públicos que deveriam ser utilizados para esse fim são canalizados para a "máquina de guerra".

"Todos nós que defendemos que deve existir um futuro melhor e apoiar os objectivos do milénio, os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável e outros, sabemos que temos que ter um pressuposto que é a paz", vincou.

O fórum, que decorre subordinado ao tema "Acção Parlamentar em Favor da Paz, Justiça e Instituições Fortes", procura que todos os parlamentares dos 130 países se comprometam com a paz e que estejam disponíveis para se sentarem à mesa, acrescentou.

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