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Presidente do parlamento condena acções belicistas “quaisquer que sejam”

A presidente da Assembleia Nacional disse esta Terça-feira, na abertura da reunião da União Interparlamentar (UIP), em Luanda, que este evento deve servir para se condenar as acções belicistas “quaisquer que sejam” em qualquer parte do mundo.

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Carolina Cerqueira, que abriu a sessão plenária da assembleia da UIP, com um debate geral sobre "Acções Parlamentares pela Paz, Justiça e Instituições Fortes", considerou actual e de grande importância este tema no contexto geopolítico internacional.

Segundo Carolina Cerqueira, nunca foi tão importante como agora a questão da paz, da justiça, de instituições fortes, que possam responder aos desafios e actuação conjunta dos parlamentares e de todos os homens e mulheres imbuídos de vontade política para melhorar o mundo.

A presidente do parlamento frisou que a guerra, os conflitos armados, os confrontos militares têm vindo a aumentar constantemente no mundo.

"Pensamos que esta reunião de Luanda deve servir de pódio para condenarmos as acções belicistas quaisquer que sejam, que levam a dizimar pessoas, e sobretudo crianças vulneráveis, que levam a destruir infra-estruturas, que levam a incitar o ódio, a desconfiança, a intolerância", salientou.

Para Carolina Cerqueira, é este o espírito que deve existir nos debates, na busca de soluções, na busca de soluções consensuais "e não no apontar do dedo a uma parte ou parte", porque todos estão presentes para fazer prevalecer a linguagem da paz, do diálogo, do entendimento e da coexistência".

"As questões ligadas à justiça, a instituições fortes, estão sobretudo ligadas e viradas para os parlamentos onde desenvolvemos a nossa acção. Parlamentos fortes, interventivos, que consigam dar respostas às questões mais ingentes da nossa actualidade", frisou, destacando a questão da equidade na agenda dos parlamentos, com índices encorajadores em muitos parlamentos.

Carolina Cerqueira destacou o papel do parlamento angolano no conflito existente no leste da República Democrática do Congo (RDC), que se "numa situação latente de evolução, porque não estão a ser cumpridos os acordos que foram previamente estabelecidos".

"Foi neste parlamento que nós, numa acção solidária, demos uma autorização legislativa para Angola enviar tropas para a RDCongo, para fazer o aquartelamento das forças negativas, que criam instabilidade, a desordem e crimes de vária ordem contra os direitos fundamentais das pessoas. Infelizmente, há atrasos no calendário, as tropas angolanas ainda não foram, vão fazer a monitorização do aquartelamento das forças armadas", informou, afirmando que o envolvimento do parlamento angolano nas questões de paz é muito activo.

Além da RDCongo, o parlamento angolano tem vindo a acompanhar "com muita atenção" a situação no norte de Moçambique, em Cabo Delgado, acentuou Carolina Cerqueira.

"Tem sido outra preocupação dos parlamentares angolanos e também nós demos autorização legislativa para que tropas angolanas fossem fazer a formação e treinamento de militares nessa zona. Estamos preocupados em relação a outras situações que afluem no mundo e que levam à instabilidade, à desigualdade social, na medida em que são sobretudo as populações mais vulneráveis que sofrem os confrontos e os efeitos dos conflitos armados", disse.

A questão de parlamentos fortes está ligada à transparência, ao acompanhamento da utilização de recursos financeiros, abordou também a presidente da Assembleia Nacional.

Por sua vez, o presidente cessante da UIP, Duarte Pacheco, disse que paz, justiça, segurança, tolerância, são palavras que devem ser repetidas "até à exaustão e até que elas estejam absorvidas por todos".

"E Angola é o campeão destes valores, e por isso estamos no local certo para falarmos. O grande papel do Presidente João Lourenço e de dirigentes de Angola, do parlamento de Angola, para criar situações de paz no continente africano merecem o nosso maior respeito e agradecimento", elogiou Duarte Pacheco.

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