De acordo com o balanço apresentado pelo responsável, em 2019 os gastos com a importação deste cereal foram de 286 milhões de dólares, ao passo que no ano seguinte a importação de arroz custou 347 milhões de dólares ao país. Já em 2021 e 2022, Angola desembolsou 263 milhões de dólares e 271 milhões de dólares, respectivamente.
No entanto, Domingos Veloso diz ser possível inverter este cenário. "É possível nós produzirmos arroz no nosso país, é possível invertermos o quadro que se vive actualmente. Trago aqui alguns números para espelhar o que é que o país tem gasto em termos de produção de arroz, o que é que nós poderíamos poupar caso esses recursos fossem investidos internamente", disse, citado pela Rádio Nacional de Angola (RNA).
"Tenho aqui alguns números relacionados com os últimos quatro anos: em 2022, o país importou 507 mil toneladas de arroz, gastámos 271 milhões de dólares; em 2021, no ano anterior, importámos 408.722 toneladas, gastámos 263 milhões de dólares; no ano anterior, 2020, importámos 537 mil toneladas, gastámos 347 milhões de dólares, e finalmente, no ano de 2019, nós importámos 450 mil toneladas de arroz e gastámos 286 milhões de dólares", acrescentou.
O país tem vindo a assistir a uma evolução na produção deste cereal, cuja produção ronda as 21 mil toneladas, número que, de acordo com o director nacional de floresta, ainda é baixo tendo em conta as necessidades de consumo. "Nós temos vindo a assistir a uma evolução na produção do arroz. Hoje já estamos com uma produção aí à volta de 21 mil toneladas, ainda é muito pouco tendo em conta as necessidades de consumo que nós temos", afirmou, citado pela RNA.
"No âmbito da preparação da campanha agrícola, o IDA fez chegar às administrações municipais algumas sementes para assegurar esta fase inicial da campanha. Esses inputs, não só sementes, mas inputs de uma forma geral, estão a ser distribuídos pelas administrações municipais e, paulatinamente, nós iremos conhecer um incremento não só a nível da distribuição desses inputs como das próprias sementes porque temos que ter consciência de que as sementes não são produzidas internamente, pois temos apenas duas empresas a produzirem sementes em Angola, o que e muito pouco", acrescentou o responsável, em declarações à RNA.
As necessidades têm vindo a ser supridas com a importação, algo que considera não ser "o mais ideal". "As necessidades têm sido supridas com recurso à importação, isto não é o mais ideal, o ideal é que a semente seja produzida localmente", referiu.