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Organizações globais revelam falhas na mitigação do risco de ciberataques

Segundo um estudo recente da Accenture que analisa o comportamento das organizações na era digital, quase dois terços (63 por cento) das organizações sofrem ciberataques numa base diária ou semanal. Contudo, apenas um quarto (25 por cento) dos executivos inquiridos afirma que a sua empresa adopta medidas de protecção no desenho da sua tecnologia e modelos operacionais de modo a tornarem-se mais resistentes a tais ataques.

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Intitulado “Business resilience in the face of cyber risk”, este estudo mostra ainda que 88% dos mais de 900 executivos inquiridos acredita que a sua estratégia de defesa é sólida, abrangente e funcional. Quase o mesmo número (86 por cento) diz avaliar a resiliência da sua organização quando determina quais as melhorias a introduzir.

No entanto, apenas 9 por cento dos executivos afirmam que as suas empresas geram ciberataques falsos e falhas intencionais para testar os seus sistemas de segurança numa base regular. Um pouco mais de metade (53%) dos inquiridos dizem que a sua organização dispõe de um plano permanente de prevenção de ciberataques, que é actualizado sempre que considerado necessário. Só 49 por cento mapeiam e priorizam a segurança, cenários e falhas operacionais e ainda menos (45 por cento) desenvolvem modelos de ameaça a operações de negócio em curso ou planeadas de modo a garantir uma resposta rápida a ataques ou falhas do sistema. Apenas 38% dos executivos referem que as suas empresas estudam de forma exaustiva a relação entre a sua tecnologia e os activos operacionais para identificar riscos de resiliência e dependências da organização.

“Dados os constantes ciberataques às empresas e organizações governamentais, a única questão é saber quando é que estes ataques irão ou não ocorrer”, diz Brian Walker, Managing Director da Accenture Technology Strategy. “Embora os executivos experientes reconheçam os seus pontos fracos e trabalhem no sentido de se prepararem adequadamente, testando sistemas, planeando vários cenários e produzindo planos de resposta e de continuidade que garantam acções rápidas, sempre que ocorre um incidente, os dados mostram claramente que de um modo geral ainda existe muito trabalho a fazer”.

De acordo com o estudo da Accenture, as organizações bem-sucedidas reconhecem que a responsabilidade pela resiliência e agilidade não recai apenas sobre o CIO ou sobre o CISO (Chief Information Security Officer). O estudo revela que, em média, as empresas têm dois gestores responsáveis pela monitorização e melhorias contínuas na resiliência do seu negócio. 19% das empresas inquiridas têm um “gestor de resiliência” a tempo inteiro.

“Para preparar e proteger a empresa, os CEOs devem trabalhar estreitamente com o seu CIO, CISO e outros elementos da sua administração, bem como da equipa de direcção, de modo a tomarem decisões correctas sobre investimentos e prosseguirem com as suas estratégias de crescimento”, refere o executivo da Accenture. “Não é possível impedir um ataque ou uma falha de segurança, mas os danos causados podem ser minimizados, adoptando medidas que tornem o seu negócio mais resiliente, ágil e tolerante a erros”.

Para o efeito, o estudo da Accenture sugere que as organizações:

- Criem um ecossistema digital que lhes permita estabelecer parcerias com outras empresas, aumentar as suas competências digitais e aceder a tecnologias inovadoras para fortalecer a sua segurança e eficácia;

- Façam uma gestão digital para entregar valor e competências de IT em tempo real, simplificando a arquitectura de TI e respondendo às necessidades digitais dos negócios num ambiente dinâmico;

- Institucionalizem a resiliência, tornando-a parte do modelo operacional, definindo desde o início objectivos, estratégias, processos, tecnologias e uma cultura organizacional, incluindo a promoção interna de boas práticas de governance e de gestão de risco corporativo.

Metodologia

Esta pesquisa foi baseada em entrevistas telefónicas ou online a 959 executivos, na sua maioria CEOs (Chief Executive Officers), CIOs (Chief Information Officers), CTOs (Chief Technology Officers) e COOs (Chief Operating Officers). Foram inquiridos executivos dos seguintes sectores de actividade: banca, seguros, mercado de capitais, energia, retalho, telecomunicações, alta tecnologia, bens de consumo, indústria automóvel, equipamentos, infraestruturas e transportes, farmacêutica, biotecnologia e saúde. As respostas foram obtidas no segundo trimestre do ano 2015.

O estudo completo está disponível para consulta em: https://www.accenture.com/us-en/insight-protect-from-cyber-risk-with-business-resilience.aspx

Sobre a Accenture

A Accenture é uma organização global de serviços de consultoria de gestão, tecnologias de informação e outsourcing, com mais de 358 mil profissionais a servir clientes em mais de 120 países. Através da combinação de uma experiência ímpar, um conhecimento profundo dos vários sectores de actividade e funções de negócio, e uma extensa pesquisa sobre as empresas mais bem-sucedidas do mundo, a Accenture colabora com os clientes ajudando-os a tornarem-se organizações de alto desempenho. A empresa gerou receitas no valor de 31 mil milhões de dólares, no exercício terminado em 31 de Agosto de 2015.

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