Ntumba Luaba discursava na reunião de ministros da Defesa da CIRGL, órgão presidido por Angola, que teve lugar em Luanda para análise da situação nesses quatro países.
"De uma maneira geral, a situação de segurança continua preocupante nestes países e até mesmo frágil", disse o secretário-executivo da organização, destacando alguns resultados positivos na República Democrática do Congo (RDCongo), como o acompanhamento do repatriamento dos elementos dos ex-M23.
Por sua vez, o ministro da Defesa de Angola, João Lourenço, sublinhou a necessidade de se colocar fim aos conflitos na RDCongo, que "se arrasta há décadas", bem como na República Centro-Africana (RCA), cuja transição deverá dar lugar à criação de novos órgãos do poder, através da realização de eleições gerais.
João Lourenço citou ainda a necessidade da consolidação dos órgãos eleitos saídos das últimas eleições no Burundi e da criação de um ambiente de paz e concórdia naquele país, salientando de igual modo o Sudão do Sul, nos esforços da organização para o fim do conflito no Estado mais novo de África.
Este encontro foi antecipado da reunião de Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas dos países que integram a CIRGL, tendo o relatório saído do encontro analisado hoje pelos titulares da pasta da Defesa da organização.
Angola preside desde Janeiro de 2014 a CIRGL, tendo como foco de actuação a procura de soluções para o alcance da estabilidade política e militar na RDCongo, RCA, Burundi e no Sudão do Sul.
Nesse sentido, reuniões periódicas têm sido realizadas na capital angolana, a nível das chefias militares, das Relações Exteriores e das Presidências para análise da situação e a busca de soluções.
A CIRGL, organização criada após os conflitos que atingiram a região em 1994, é integrada por Angola, Burundi, RDCongo, RCA, República do Congo, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Quénia, Tanzânia, Zâmbia e Uganda.
