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FMI aprova mais mil milhões para Angola e sobe ajuda para 4,5 mil milhões

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou esta Quarta-feira o pedido de Angola para o aumento da assistência financeira, desembolsando de imediato mil milhões de dólares e elevando o total do programa para quase 4,5 mil milhões de dólares.

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"A decisão do conselho de administração permite um desembolso imediato de mil milhões de dólares para Angola e um aumento de cerca de 765 milhões de dólares até ao fim do programa", para quase 4,5 mil milhões de dólares, anunciou o FMI em comunicado esta Quarta-feira à noite.

A nota acrescentou que “a economia de Angola foi duramente atingida por um choque multifacetado com origem na pandemia de covid-19 e no declínio dos preços do petróleo".

“As autoridades adoptaram medidas atempadas para lidar com os desafios e continuam firmemente empenhadas" no cumprimento do programa, que tem sido "implementado de forma geralmente satisfatória", considerou a instituição financeira.

No comunicado de imprensa que acompanha o anúncio, o FMI explica que esta terceira avaliação positiva da ajuda financeira dada ao abrigo da Linha de Financiamento Ampliada (Extended Fund Facility, no original em inglês) permite o desembolso de mais mil milhões de dólares, perfazendo cerca de 2,5 mil milhões de dólares já entregues desde a assinatura do acordo, a 7 de Dezembro de 2018. O acordo tem como principais objetivos "restaurar a sustentabilidade externa e orçamental, melhorar a governação e diversificar a economia, para promover o crescimento económico sustentável, liderado pelo sector privado".

Na conclusão da terceira avaliação, o Fundo avaliou também o pedido das autoridades para reforçar o empréstimo em 765 milhões de dólares, que eleva o total para 4465 milhões de dólares, com o objectivo de apoiar "os esforços das autoridades para controlar a propagação da pandemia de covid-19, atenuar o seu impacto económico e avançar na aplicação de reformas estruturais".

A reunião desta tarde em Washington serviu também para o FMI analisar alguns pedidos técnicos das autoridades relativamente a metas e critérios de desempenho que determinam o desembolso, ou não, de mais verbas durante a duração do programa de assistência financeira, mas as alterações não foram ainda divulgadas.

“As autoridades angolanas continuam empenhadas na prossecução de políticas sólidas no âmbito do programa apoiado pelo FMI, não obstante o ambiente externo deteriorado devido à pandemia da covid-19, incluindo os impactos negativos para a saúde pública, a protecção social, o orçamento e a dívida pública", comentou a subdiretora-geral do FMI, Antoinette Sayeh, citada no comunicado.

"As autoridades agiram de forma rápida e decisiva em resposta às menores exportações e receitas petrolíferas, de modo consistente com os objectivos gerais do programa", apontou, exemplificando com a adopção de um "orçamento rectificativo conservador para 2020" e as medidas tomadas para aumentar a receita não petrolífera e controlo da despesa não essencial.

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