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Defesa

Governo gasta entre três a quatro mil milhões por ano em repatriamentos

O Estado gasta anualmente entre três a quatro mil milhões de dólares para o repatriamento de estrangeiros ilegais no país, sendo esta também uma das preocupações das autoridades relativamente à imigração ilegal, disse fonte governamental.

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O montante foi avançado pelo porta-voz da Operação Transparência, comissário António Bernardo, no balanço de um ano da iniciativa, iniciada a 25 de Setembro de 2018.

Durante este período foram detidos cerca de 550 mil estrangeiros ilegais, maioritariamente da República Democrática do Congo, seguido do Senegal, Mali, Eritreia, Guiné Conacri e em número muito reduzido São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Cuba.

Do total de estrangeiros ilegais detidos, 430 mil abandonaram voluntariamente o território, mais de 90 mil foram repatriados e mais de 1000 foram transportados para o Centro de Detenção de Estrangeiros Ilegais em Luanda para posterior repatriamento.

Actualmente, aguardam para regressar aos seus países cerca de 511 estrangeiros de diferentes nacionalidades, devido a dificuldades na obtenção de documentação nas representações diplomáticas e pelos altos custos do processo.

“Os valores são uma questão com que já nos vimos debatendo há bastante tempo, não só por força da Operação Transparência, mas antes, e os valores anualmente, com sustentabilidade das pessoas até que elas sejam repatriadas, com a compra de bilhetes ou implicação de outros meios como transportes”, afirmou António Bernardo.

O porta-voz da Operação Transparência acrescentou que “o Estado tem estado a gastar entre três a quatro biliões de dólares ano”, o equivalente a entre 2726 milhões e 3635 milhões de euros.

António Bernardo reiterou que “é muito dinheiro que se gasta com a imigração ilegal”, sendo por isso urgente “a tomada de medidas muito sérias para acabar ou diminuir essa avalanche de coisas”.

A anteceder ao balanço da operação foi realizada uma reunião de reforço técnico da Comissão de Apoio ao Conselho de Segurança Nacional para o Combate à Imigração Ilegal e Tráfico Ilícito de Diamantes, liderada pelo chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião.

Na abertura da reunião, Pedro Sebastião referiu que, como resultado desta primeira fase da operação, assistiu-se a um afrouxamento das operações ilícitas que se vinham registando no país, nomeadamente o tráfico de diamantes e de combustível, imigração ilegal, o que encoraja a prosseguir com o combate.

“Porquanto, essa acção nefasta, como devem calcular, cria distorções grandes ao nosso país, cria dificuldades grandes à nossa vida colectiva e que nós enquanto responsáveis por este segmento importante do nosso país não podíamos ficar indiferentes”, referiu.

Segundo António Bernardo, a operação teve início em sete províncias do país, mas face a preocupações registadas nas restantes 11, nomeadamente o tráfico de outros minerais preciosos, sinais evidentes de tráfico de seres humanos, evasão fiscal, fuga para o exterior de moeda nacional e estrangeira e falsificação de documentos para a aquisição de nacionalidade, a mesma foi alargada a todo o território nacional.

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