Os números oficiais são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro, e indicam que só no ano passado Angola exportou para o Brasil produtos no valor de 1261 milhões de dólares, tendo importado mercadorias brasileiras avaliadas em 1109 milhões.
Apesar de tudo, os dados relativos ao comércio bilateral entre os dois países nos primeiros sete meses do ano dão conta de uma desaceleração, com as importações de produtos angolanos por parte do Brasil e descerem significativamente, bem como as vendas do Brasil a Angola.
Entre os produtos importados por Angola ao Brasil, o grande destaque vai para a compra de bens alimentares e camiões. Já o país sul-americano adquire petróleo a Angola. No entanto, o comércio entre os dois países procura expandir-se e diversificar-se. Segundo Norton Rapesta, Angola pode ser a nova fronteira agrícola do Brasil, tendo em conta a capacidade empresarial e tecnologia que o seu país detém, aliada às terras férteis de Angola.
Assim, e em parceria com empresários nacionais, o Brasil poderia cultivar em Angola produtos como o algodão, trigo ou soja com o intuito de posteriormente o exportar para a China, um dos maiores compradores do país.
“No sector industrial podemos produzir em Angola com bens capais comum, máquinas de origem brasileiras, bem como produtos brasileiros de origem angolana para serem exportados noutras regiões da África em particular e do mundo no geral”, acrescentou o embaixador, citado pela Angop.
