Segundo um comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso, o referido projecto conta com um orçamento global no valor de 85,7 mil milhões de kwanzas, a ser usado no período 2023-2026.
"Este montante será distribuído através do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), em colaboração com o Instituto do Desenvolvimento Agrário (IDA) e o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) para capacitar os beneficiários", lê-se na nota.
Em declarações após a primeira reunião ordinária do Conselho de Governação Local – decorrida no passado Sábado, em Ondjiva, na província do Cunene, com a orientação do Presidente da República – o ministro diz que se irá capacitar as pessoas.
"Treina-se as pessoas, ajuda-se na organização das mesmas, passe-se o conhecimento técnico através de escolas de campo, seminários, e leva-se a que essas famílias possam ter acesso aos meios que necessitam para aumentar as suas produções e produtividade", esclareceu, citado no comunicado.
Segundo António Francisco de Assis, uma das principais estratégias do projecto passa por introduzir "equipamentos agrícolas mais avançados", como por exemplo tractores e motorizadas, que substituirão "as ferramentas tradicionais usadas pelas famílias agrícolas".
O projecto 'Osi Yetu' tem previsto alocar 35,4 mil milhões de kwanzas "para a compra de tractores e a recuperação de parques ociosos entre 2024 e 2026".
"Para reforçar a capacidade financeira e de produção das caixas comunitárias, o projecto 'Osi Yetu' alocou 16,5 mil milhões de kwanzas, distribuídos ao longo de três anos, sendo cinco mil milhões em 2024, 6,5 mil milhões em 2025 e 5,4 mil milhões em 2026", lê-se no comunicado.
Refira-se que, nos últimos meses, vários jovens foram capacitados com cursos especializados em matérias como mecânica, operação de máquinas, moto-cultivadores, tractores, bem como manutenção e reparação desses equipamentos, apoiado pelo INEFOP.
Depois de concluída a formação, os "jovens recebem suporte do FADA, que lhes proporciona acesso a recursos para adquirir as ferramentas necessárias ao desenvolvimento de suas actividades", explica o comunicado.
Segundo o ministro, os resultados são "muito bons" em algumas províncias: "Já temos muito bons resultados nalgumas províncias como Huambo, Bié e Namibe".