O responsável – que falava, na passada Sexta-feira, durante um encontro entre a ministra das Finanças, Vera Daves, com jornalistas –, referiu que actualmente para Luanda, o fundo já não dispõe de habitações à venda, acrescentando que têm em finalização procedimentos de entregas, que arrancaram em 2016.
Embora não tenha referido o número de habitações a serem entregues, Hermenegildo Gaspar fez saber que decorrem actualmente entregas em Luanda (Zango 0) e no Bengo (Centralidade do Kapari), cujas outorgas que estão a decorrer se destinam a candidatos inscritos em 2016, escreve a Angop.
Citado pela Angop, o presidente da FFH referiu que a entidade que dirige tem a entrega pendente de algumas moradias na Centralidade do Lubango, situada na província da Huíla, assim como um total de 2000 habitações na Centralidade do Bailundo (Huambo).
Duas centralidades em Cabinda e no Bengo encontram-se actualmente em etapa de conclusão, com os procedimentos de edificação a estarem sob alçada do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, refere a Angop, que acrescenta que se prevê igualmente a edificação de projectos habitacionais em Malanje, Cuanza Sul e Cuando Cubango.
Mais de metade dos residentes das centralidades do Kilamba e Sequele em incumprimento com pagamento de rendas
O responsável informou que aproximadamente 65 por cento dos residentes das centralidades do Kilamba e Sequele estão em incumprimento no que diz respeito ao pagamento da renda resolúvel. "Temos dois problemas críticos que tem a ver com as centralidades do Kilamba e Sequele: são as mais críticas para nós em termos de inadimplência", referiu, citado pela Angop.
Esta dívida – segundo o responsável, citado pela Angop – vai levar o FFH a lançar, este mês, uma campanha visando recuperar as rendas resolúveis destas duas centralidades.
Relativamente aos outros projectos habitacionais no país, o presidente do FFH referiu que o incumprimento se situa em cerca de 45 por cento.
Segundo o responsável, estão em preparativos para inicialmente sensibilizarem os habitantes e, depois dessa etapa, passarão a um método mais repressivo, mas não mencionou eventuais despejos. "Já temos o aval dos ministros das Finanças e das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação para iniciarmos com a campanha de recuperação do crédito", indicou.
Hermenegildo Gaspar referiu que a dívida ascende a valores altos, sem especificar quanto, que são necessários para a edificação de outras casas, exemplificando que o fundo tem necessidade de liquidar facturas de empreiteiros em montantes superiores a 15 mil milhões de kwanzas, escreve a Angop.
Assim, considerou que se conseguissem "recuperar este dinheiro" não teriam "grandes problemas em pagar esses empreiteiros".
Entre outros problemas, referiu ainda as habitações que foram entregues e aparentam estar desabitadas e ainda a vandalização de residências.