António Gentil, que falava aos jornalistas à saída do Tribunal Supremo, que condenou a penas de prisão os quatro arguidos do processo, afirmou que os juízes do plenário farão "uma análise mais calma, mais pacata e poderão fazer as ponderações que se impõem para um caso de grande magnitude e complexidade".
Os advogados de defesa dos quatro réus anunciaram a intenção de interpor recurso das penas aplicadas junto do Plenário, a instância superior do Tribunal Supremo.
"O que é certo é que, tratando-se de uma instância de recurso, os juízes do plenário têm maior serenidade e penso que num clima de maior serenidade, e em função do que nós vamos alegar, vão poder ter uma nova apreciação", disse o causídico.
Questionado sobre a não validação da carta do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, e pai de José Filomeno dos Santos, que afirmou ter dado ordem para a transferência dos 500 milhões de dólares do Banco Nacional de Angola (BNA) para a conta de uma empresa estrangeira, em Londres, adiantou que "será objecto de arguição" junto do Plenário e que os advogados de defesa irão usar "argumentos válidos" para tentar esclarecer os juízes da instância superior.