Para a empresária e ex-deputada do MPLA, que lançou recentemente o projecto digital "Lifestyle em português" e se assume actualmente como influenciadora digital, o facto de o tribunal não ter validado a carta onde o antigo chefe de Estado confirmava ter dado ordem, por escrito, para a transferência irregular dos 500 milhões de dólares que foi alvo do processo, é "uma vergonha".
"Se o antigo Presidente disse que foi ele que ordenou [a transferência] então por que foi "Zenu" o condenado?" - questionou.
Segundo Tchizé dos Santos, se o tribunal tinha dúvidas sobre a carta deveria aguardar "até 2022 e nessa altura chamaria o antigo presidente", que goza de imunidade.
O ex-presidente afirmou ter orientado o antigo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Valter Filipe, outro dos arguidos do processo, relativamente à transferência, garantindo que tudo foi feito no interesse público, mas o Ministério Público levantou dúvidas sobre a autenticidade da carta que José Eduardo dos Santos remeteu ao Tribunal Supremo de Angola.
"Não faz sentido recusar declarações do ex-Presidente da República (PR) sobre matérias de decisão sua", considerou Tchizé dos Santos.
"Espero que se corrijam os factos e se valide a carta do ex-PR, José Eduardo dos Santos, a bem
Para Tchizé dos Santos, "só se pode concluir que havia já o objectivo de condenar o filho para perseguir o pai, politicamente mais forte", considerando que está em causa "uma violação grosseira" dos direitos humanos e da Constituição da República de Angola.