Há 23 anos a operar na província do Namibe, a Sal do Sol produz anualmente cerca de seis mil toneladas. Sempre presentes no mercado nacional, ainda que “de forma acanhada e preterida em muitos momentos”, a empresa foi revitalizada pela crise, como explica Fernando Solinho. “Chegou a crise e a nossa empresa detinha um stock de sal de nove mil toneladas. Estávamos asfixiados, com sérias dificuldades de suportar os encargos fixos”, afirma, em entrevista ao Semanário Económico.
Assim, e tendo em conta a conjuntura económica do país, surgiu a oportunidade de valorizar o que se produz internamente, postas as dificuldades na importação. Desta forma, a Sal do Sol comercializou 5500 toneladas de produto só no primeiro semestre de 2016. O volume de vendas valeu à empresa cerca de 200 milhões de kwanzas.
Ainda de acordo com o gestor, toda a rede comercial do país se tornou cliente do sal produzido no Namibe. “Cabinda, Uíge, Luanda, como o maior centro de consumo, Benguela, pela sua privilegiada zona geográfica, Huíla, Kuando Kubango (Menongue), Kwanza Sul, Malanje, como plataforma importante…”.
As previsões de produção para o segundo semestre do ano apontaram para as 4000 toneladas de sal.