Já nascido num local com história - o parque frontal de uma infraestrutura do CFM criada em 1905 - o museu já tem data de inauguração marcada: 12 de Setembro.
Segundo o presidente do Conselho de Administração do CFM, António Coelho da Cruz, já decorrem as obras de reabilitação do espaço onde será instalado o museu, que se propõe a receber exposições e peças emblemáticas da história da empresa, tais como locomotivas históricas preservadas até hoje e outros equipamentos antigos.
Citado pela Angop, o responsável sublinhou que se pretende que o espaço seja um museu a céu aberto, onde a memória do transporte ferroviário esteja ao alcance de todos.
O Caminho de Ferro de Moçâmedes dispõe de um acervo histórico vasto, bem como de uma biblioteca técnica, e por isso tem interesse em consolidar um espaço permanente para a conservação do seu espólio. O principal objectivo é a preservação da memória ferroviária nacional, afirma o PCA.
António Coelho da cruz refere ainda que este projecto representa um importante marco na história do país, sobretudo no ano da comemoração dos 50 anos da independência nacional.
Recorde-se que o Caminho de Ferro de Moçâmedes opera desde 1905 num percurso de mais de 860 quilómetros de linha, ligando o porto do Namibe (partindo de Moçâmedes), a Menongue, capital da província do Cuando Cubango, passando pelo Lubango, na Huíla. A expansão internacional, com hipóteses de uma ligação à Namíbia, está neste momento em cima da mesa.