As declarações do chefe de Estado foram proferidas esta Quarta-feira, na cerimónia de tomada de posse dos novos membros do executivo, entre os quais a nova ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, e a nova ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Paula Regina Simões de Oliveira.
"Ao nomearmos os empossados hoje, procurámos premiar o mérito. Isso porque algumas das governadoras – não sei se falo no masculino ou no feminino, talvez no feminino; o Pereira Alfredo está ali isolado – algumas das governadoras nomeadas, até há 48 horas eram administradoras municipais", afirmou João Lourenço.
"E, pelo bom trabalho exercido nos municípios, mereceram a nossa confiança e, como tal, pensamos ter chegado o momento de elevá-las à categoria de governadoras provinciais", acrescentou.
Já sobre os governadores provinciais que foram movidos para outra província, João Lourenço esclareceu que essas saídas se devem ao facto desses governadores irem desempenhar a "função de bombeiro". Ou seja, se estavam a fazer um bom trabalho onde se encontravam, o esperado é que façam igual ou melhor nas províncias que passam daqui para a frente a assumir.
"Há o caso de quem já era governador e foi movimentado. Estou a referir-me à actual governadora do Cuanza Sul, que vem de Cabinda; ao actual governador do Huambo, que vem do Bié. As pessoas, às vezes, se interrogam: 'Mas, então, se estavam a fazer bom trabalho, porque é que saem?'", questionou.
"E eu, meio a brincar, digo que saem para desempenharem a função de bombeiro. Portanto, se fizeram bom trabalho onde estavam, o que esperamos é que venham a fazer igual ou melhor nas províncias para onde foram indicados agora", respondeu.
O Presidente da República disse ainda ser "muito bom" quando se é exonerado porque há necessidade dessas pessoas exoneradas para outros cargos: "É muito bom quando somos exonerados porque precisamos da pessoa exonerada para outras funções: passar de município para província, ou passar de uma província, onde estamos a fazer um bom trabalho, para uma outra onde pretendemos obter outros resultados".
"Eu vou ter um breve encontro – porque não é normal numa só cerimónia de posse termos logo cinco governadores – vou ter um breve encontro, agora, logo a seguir, com eles, o que não tem sido norma, na esperança de que voltaremos a estar juntos dentro de dias na cidade de Ondjiva, na reunião de governação Local", disse ainda.
No final da sua intervenção, deixou ainda aos empossados "votos de bom trabalho e muitos sucessos nas novas funções".
Além das novas ministras, na cerimónia, foram empossados Celeste Elavoco David Adolfo (governadora do Bié), Suzana Fernanda Pemba Massiala de Abreu (governadora de Cabinda), Mara Regina da Silva Baptista Domingos Quiosa (governadora do Cuanza Sul), Pereira Alfredo (governador do Huambo), Filomena Elizabete Chitula Miza Aires (governadora da Lunda Norte).
Também foi conferida posse a Álvaro da Cunha Cândido dos Santos (secretário de Estado para as Pescas e Recursos Marinhos), Constantina Pereira Furtado Machado (vice-governadora da província do Cuanza Norte para o Sector Político, Social e Económico) e Michel Raimundo Luzolo (vice-governador da província do Cuanza Norte para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas).
Novos governadores com prioridades voltadas para o sector social
Os novos governadores do Bié, Cabinda, Lunda Norte, Cuanza Sul e Huambo disseram que as suas atenções vão estar viradas para o sector social. Os recém-nomeados governantes tomaram posse esta Quarta-feira, tendo, na ocasião, destacado o aprimoramento das infra-estruturas sociais como prioridade de seus mandatos.
A nova governadora do Bié, Celeste Adolfo, falando à imprensa no fim do acto de tomada de posse, comprometeu-se a melhorar as condições de vida dos cidadãos locais, tratando-se de uma das suas responsabilidades daqui para a frente e acrescentou que dará seguimento às iniciativas em andamento para desenvolver a província, com foco especial na melhoria das estradas, bem como fornecimento de água e energia em todos os municípios, escreve a Angop.
Já a governadora da Cabinda, Suzana de Abreu, apontou que o objetivo é colaborar com todos os habitantes para avançar no caminho do progresso socioeconómico da região, enquanto a governadora do Cuanza Sul, Mara Quiosa, apontou que a prioridade vai estar na identificação das principais inquietações dos cidadãos, devendo-se estar mais atentos aos domínios da educação, saúde e infra-estruturas.
Citado pela Angop, o governador do Huambo, Pereira Alfredo, realçou a importância de conversar com os cidadãos para se elaborar novas iniciativas no âmbito do progresso desejado para a província.
