Este é um dos pontos do comunicado divulgado após a reunião do Comité Permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), na Terça-feira, em que foi avaliada a situação política, económica, social e diplomática do país em geral e a vida interna do partido.
A UNITA diz também ter sido informada pelo coordenador da Fundação Jonas Malheiro Savimbi, Isaías Samakuva, sobre o processo da legalização da mesma, sublinhando que esta foi sempre "um desejo do partido".
Na semana passada, o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, mostrou-se céptico quanto à decisão de legalizar a fundação, que foi apresentada em conferência de imprensa pelo seu antecessor, Isaías Samakuva, por receios de instrumentalização.
O coordenador-geral da fundação e ex-presidente da UNITA Isaías Samakuva afirma que a instituição tem apenas fins filantrópicos e não serve objectivos políticos.
No mesmo comunicado, a UNITA solidarizou-se com a declaração sobre a situação real do país, apresentada por Adalberto Costa Júnior, em nome da Frente Patriótica Unida (FPU), plataforma que congrega também o Bloco Democrático e o projecto político PRA-JA Servir Angola, na passada Quarta-feira.
A declaração foi partilhada no dia seguinte com algumas entidades, mas os líderes da FPU foram travados por elementos da Unidade de Segurança da Presidência da República, junto ao Tribunal Supremo, e impedidos de aceder ao Largo 1.º de Maio pela polícia nacional, actos que a UNITA condena.
O partido reafirmou também a necessidade de dar prioridade à implementação das autarquias e orientou o grupo parlamentar "a tudo fazer para a conclusão e aprovação" da lei da institucionalização efectiva das autarquias locais.
O Comité Permanente da Comissão Política condenou ainda "qualquer acto de violência política" e exortou as forças vivas angolanas "para uma postura tolerante perante ideias e propostas diferentes".