"A assinatura do acordo acaba com negociações que demoraram décadas entre os dois países e é um exemplo do empenho dos ministros do Petróleo dos dois países em avançar com a exploração de petróleo e gás, sedimentada na colaboração regional", lê-se num comunicado da CAE enviado à Lusa.
Angola e a RDCongo assinaram na Quinta-feira um acordo para a exploração conjunta, em partes iguais, de hidrocarbonetos na zona marítima de interesse comum (ZIC), ao largo da costa comum.
"Para Angola, o acordo permite a alavancagem da sua experiência como grande produtor para fazer crescer o seu mercado interno e a economia regional; o sucesso do país na promoção dos seus recursos naturais faz de Angola o parceiro natural para produtores petrolíferos recentes, como a RDCongo", lê-se na nota da CAE.
Para a RDCongo, acrescenta esta entidade destinada a potenciar os investimentos energéticos em África, "esta parceria deverá desbloquear novos conhecimentos em várias áreas, incluindo a transferência de tecnologia, melhores práticas na exploração e produção, refinação e técnicas de processamento, e gestão eficiente dos recursos petrolíferos".
Além disso, e do aumento da produção que servirá para potenciar o crescimento económico da RDCongo, o vizinho de Angola contará também com o país lusófono para "melhorar o sector petrolífero, optimizar as suas operações e maximizar o potencial económico dos recursos petrolíferos".
Enquanto Angola tem reservas comprovadas de cerca de 9 mil milhões de barris, a RDCongo tem reservas equivalentes a cerca de 5 mil milhões de barris, estando no início do processo de exploração e produção de petróleo, segundo a CAE.
Angola e a RDCongo assinaram esta Quinta-feira um acordo para a exploração conjunta, em partes iguais, de hidrocarbonetos na zona marítima de interesse comum (ZIC), ao largo da costa comum.
"Após várias rondas de negociações entre Angola e a RDCongo, os dois países assinam, esta Quinta-feira, 13 de Julho, em Kinshasa, um acordo contendo os princípios de gestão da concessão que envolve a zona marítima de interesse comum em termos de hidrocarbonetos", lê-se num comunicado do Ministério dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás.
Depois da terceira reunião da Comissão Bilateral para o aproveitamento de hidrocarbonetos na ZIC, realizada a 20 e 21 de Junho, em Luanda, a Agência Nacional dos Petróleos e sua congénere congolesa assinaram o Modelo de Contrato de Partilha de Produção (CPP), enquanto os ministros dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, e o dos Hidrocarbonetos da RDCongo, Didier Ntubanga, assinaram o comunicado final, acrescenta-se ainda no texto divulgado pelo Governo.
"A Zona de Interesse Comum está situada na região marítima compreendida entre o Sul do bloco 14 e o Norte dos blocos 1, 15 e 31 das concessões petrolíferas angolanas e compreende os indícios de acumulação de hidrocarbonetos, prospectos e jazigos, presentes e futuros em fase de pesquisa, de desenvolvimento, transfronteiriços, em produção, liberados e/ou abandonados", aponta-se no comunicado.
