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Desemprego dispara com chegada do covid-19: há mais 7000 desempregados desde Março

A chegada do covid-19 ao país fez disparar a taxa de desemprego nacional. Desde Março deste ano que a Inspecção Geral do Trabalho tem registados 7000 novos desempregados.

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Só entre Abril e Junho de 2020, um total de 84 empresas despediram 4180 pessoas, devido aos impactos da covid-19. Os dados, apresentados esta Quinta-feira pela ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, indicam ainda que outras 35 empresas querem avançar com a suspensão do vínculo laboral de 2886 trabalhadores, perfazendo um total de 7066 pessoas desempregadas.

A governante, citada pela Angop, revelou ainda que o número poderá eventualmente subir para 12 mil desempregados.

Teresa Rodrigues Dias fez saber que o Governo já está a tentar amenizar este problema. De acordo com o Jornal de Angola, o Executivo já tinha aprovado o Plano de Acção e Promoção da Empregabilidade (PAPE), que prevê a criação de 500 mil novos empregos.

"No momento em que se delineou o programa, não se imaginava que surgiria a pandemia da covid-19, por isso as razões de operacionalização do programa e da sua continuidade mereceu um estudo prévio que terminou recentemente e visa o ajustamento do programa", explicou a ministra.

Para mitigar os efeitos desta situação e no sentido de "aumentar a expectativa da empregabilidade", a titular da pasta da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social disse ainda que a tutela já começou a contactar os seus parceiros sociais.

Já Sérgio Santos, ministro do Planeamento e Economia, referiu que o Governo tem estado a acompanhar a evolução do mercado de trabalho no país.

O responsável indicou ainda que, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o desemprego está a crescer mais nas zonas urbanas e a decrescer nos meios rurais, explicando que isso se deve ao facto de que quando há uma "uma situação como esta de crise económica, os sectores sociais são os primeiros a serem afectados".

De acordo com o governante, entre o primeiro e quarto trimestre de 2019, na zona rural, a taxa de desemprego era de 17 por cento e no primeiro trimestre de 2020 passou para os 12 por cento. No mesmo período homólogo, nas zonas urbanas os números passaram de 42 para 45 por cento, respectivamente.

"Os institutos de apoio às pequenas e médias empresa e os ligados ao desenvolvimento agrário e industrial estão a trabalhar com várias empresas nos vários sectores", afirmou, revelando que 1962 empresas se candidataram ao programa de apoios financeiros.

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