Para tal, é necessário investir na formação dos profissionais do sector, focando na especialização sobre os cuidados a serem oferecidos aos pacientes, afirmou a ministra, que informou igualmente que o Sistema Nacional de Saúde apresenta um alto número de casos de acidentes vasculares cerebrais (AVC), malária, entre outros.
"Estas ferramentas são vitais para o diagnóstico precoce de doenças como epilepsia, malária cerebral e transtornos neonatal, muito frequentes nos nossos hospitais", referiu, citada pela Angop.
Na ocasião, a titular da pasta da Saúde anunciou que o país vai ter, ainda no presente ano, uma unidade sanitária dedicada a doenças neurofisiológicas e de neurologia, mas não adiantou mais pormenores sobre o projecto.
A cerimónia serviu para lançar o Programa de Apoio à Formação em Neurofisiologia Clínica, que foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde através do Projecto de Formação de Especialistas de Saúde.
Segundo um comunicado do Ministério da Saúde a que o VerAngola teve acesso, a primeira fase deste programa "vai abranger o Hospital Maria Pia, o Hospital Geral de Viana e o Complexo de Doenças Cardiopulmonares Dom Alexandre do Nascimento", enquanto "a segunda fase vai incluir o Hospital Geral de Cacuaco 'Heróis do Kifangondo' e o Hospital Geral do Cunene 'General Simione Mucune'".
No acto, decorrido esta Quinta-feira no Hospital Geral de Viana 'Bispo Emílio de Carvalho', Sílvia Lutucuta informou que, "nos próximos 12 meses, com o apoio técnico da Universidade Estadual de Campinas e sob liderança do Professor Dr. Fernando Cendes, os neurologistas e médicos internos do país terão a oportunidade de se especializar em métodos avançados de avaliação do sistema nervoso bem como técnicas de monitorização neurofisiologica intraoperatória".
Segundo a ministra, o país tem actualmente menos de 35.000 neurologistas. "Com menos de 35.000 neurologistas em todo o país, é urgente responder à elevada incidência de doenças neurológicas como o AVC. Nesta primeira fase, formaremos 30 profissionais de saúde especializados, com 80 por cento da formação realizada em Angola e o restante através de parcerias internacionais", disse.
De acordo com o comunicado, "após a formação, os formandos estarão capacitados para diagnosticar de forma precoce e precisa as patologias como a epilepsia, doenças neuromusculares, distúrbios do sono e neuropatias".
"O Programa de Apoio à Formação em Neurofisiologia, enquadra-se no Projecto de Formação de Recursos Humanos para a Cobertura Universal em Saúde, desenvolvido pelo Ministério da Saúde com apoio do Banco Mundial, cuja a meta é de capacitar 38.000 profissionais até 2028", lê-se na nota.