Segundo avança o semanário português Expresso, a decisão de retirar a idoneidade ao bancário português terá sido revelada ao semanário por uma fonte do Banco Nacional de Angola (BNA).
A mesma fonte explica que esta tomada de posição terá surgido depois de Mário Leite Silva, antigo presidente do Conselho de Administração do BFA, ter enviado uma carta a afirmar que António Domingues teve conhecimento das falhas antes de as ter arquivado.
Nessa carta, citada pelo Expresso, Mário Leite Silva acusa o bancário português de ter "traído" o banco ao se ter tentado desviar de um caso que terá sido supostamente arquivado por sua iniciativa.
A versão de Mário Leite Silva é contrária à versão de António Domingues, que diz ter tido conhecido das irregularidades em Maio deste ano, tendo alertado o banco.
António Domingues recusou-se a comentar o caso, tendo remetido as explicações para o Banco Nacional de Angola (BNA), escreve o Expresso.
A decisão da retirada de idoneidade está agora nas mãos do BNA, que está a conduzir uma inspecção ao caso. No entanto, o mesmo jornal adianta que a nova administração do BFA também poderá vir a tomar acções contra o banqueiro, que apresentou a demissão no início de Julho.
Em causa está um depósito de 21,8 milhões de kwanzas, feito no dia 20 de Julho de 2017, assinado por uma estudante de 23 anos de Viana, e um outro depósito de 250 mil dólares, na conta de Manuel Paulo da Cunha ('Nito Cunha'), antigo director do gabinete do ex-Presidente da República José Eduardo dos Santos, tendo ambos levantado suspeitas internas.