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Sonangol quer parceiros para retomar construção da refinaria do Lobito

A construção da refinaria do Lobito, na província de Benguela, vai continuar parada em 2017, não sendo um projecto prioritário para a Sonangol, devido à quebra do preço do petróleo no mercado internacional, que procura parceiros.

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O anúncio é da própria Sociedade de Combustíveis de Angola no seu relatório e contas de 2016, divulgado esta semana, e surge depois da suspensão do projecto, com a tomada de posse da empresária Isabel dos Santos como presidente do conselho de administração da petrolífera estatal, em Junho do ano passado.

"Para o ano em curso, não foi orçamentado no programa de investimentos o projecto de construção da refinaria de Lobito, tendo sido suspenso para a reavaliação da visão estratégica e da viabilidade económica. No entanto, tem-se envidado esforços no sentido de promover o projeto no mercado internacional, visando a captação de fundos ou parceiros", reconhece a Sonangol, no mesmo documento.

A petrolífera detida pelo Estado justifica a suspensão e reavaliação desta obra como "o atual contexto de quebra do preço de petróleo", apesar do valor investido. "Adicionalmente, os trabalhos encontram-se paralisados desde o mês de Abril, tendo sido executadas apenas actividades de manutenção em equipamentos mecânicos, incluindo actividades de limpeza nas trituradoras", reconhece ainda a concessionária do sector petrolífero nacional.

Ainda assim, lê-se no relatório e contas, a administração da Sonangol afirma estar "convicta" de que este é um "projecto estratégico para a empresa e para o país", acreditando que os investimentos já realizados "poderão ser rentabilizados pelo desenvolvimento de projectos industriais adjacentes à refinaria, nomeadamente, projectos de indústria petroquímica alimentados pelas descobertas de hidrocarbonetos em blocos offshore próximos do Lobito".

A futura refinaria fica localizada no morro da Quileva, a 10 quilómetros da cidade do Lobito, numa área de 3805 hectares, e deveria acabar com a importação de combustíveis - devido à reduzida capacidade de refinação nacional - e agregando valor ao petróleo bruto produzido em Angola. Deveria ficar concluída este ano, num investimento calculado em mais de cinco mil milhões de dólares.

Actualmente, a Sonangol mantém em operação a refinaria de Luanda, com 62 anos de actividade e uma capacidade nominal instalada de 65.000 barris por dia.

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