A participação nesta edição foi um dos aspectos destacados pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, na cerimónia de encerramento do evento. No seu discurso, o governante salientou o facto de o evento "ter contado com a presença de um universo de 180 startups, 105 empresas expositoras, quatro das quais internacionais, 12 empresas patrocinadoras não expositoras, das quais duas são internacionais e 11 restaurantes".
O ministro destacou igualmente o número de visitas desta edição, que quase duplicou face à edição anterior.
Fazendo um balanço do certame, Mário Oliveira referiu que até às 14h00 da passada Sexta-feira, "as estatísticas já apontavam para cerca de 18.000 visitantes, um indicador plausível de que a meta de atingir o dobro dos 10.000 na edição anterior esteve próxima de ser materializada, se se tiver em conta que a frequência de cidadãos se prolongou noite adentro com a realização de um espectáculo musical, entre outras actividades de cariz social".
O ministro, segundo um comunicado do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social a que o VerAngola teve acesso, sustentou o sucesso da "empreitada com a presença de estudantes de 11 estabelecimentos de diferentes níveis de ensino, além de contabilizar 3355 crianças dos seis aos 14 anos, 137 formandos em sete cursos ministrados ao longo dos três dias, 29 sessões temáticas com 108 oradores, sendo 74 nacionais e 34 internacionais, assim como a participação de 21 moderadores".
A edição deste ano "mostrou aquilo que é a resiliência da nossa juventude, a avaliar pelo número de startups aqui presentes, uma evidência muito forte da estrada que temos que percorrer com vista à digitalização do país, transformação digital da nossa sociedade e economia", considerou o titular da pasta das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, citado no comunicado.
Na ocasião, o ministro também deixou uma "palavra de conforto aos jovens angolanos que, mesmo distantes ou por razões alheias ao desejo de estar no local, acompanharam os acontecimentos por outros meios.
"Estamos todos de parabéns", disse, tendo ainda deixado uma palavra de reconhecimento à equipa nos bastidores do evento.
"Às nossas empresas angolanas que aqui participaram e todos aqueles que visitaram o evento com o intuito de transmitir o seu conhecimento, conhecer a nossa realidade em termos do que tem sido feito no nosso país, o nosso muito obrigado", acrescentou.
A internacionalização do evento foi outro dos aspectos salientados por Mário Oliveira.
O ministro "deu nota positiva ao facto da quinta edição do Angotic se ter pautado pela forte participação de empresas provenientes de diversas latitudes", referindo ser "um motivo de alegria a oportunidade de testemunhar a presença de empresas africanas, asiáticas, americanas, ou seja, de quase todo o mundo para além das nacionais".
Segundo o governante, o "ambiente vivido entre investidores de diferentes nacionalidades focados no mesmo desejo do desenvolvimento das novas tecnologias é a maior prova de que" o fórum "hoje começa a ser uma marca muito importante, um grande contributo para o desenvolvimento" do país.
"O ministro Mário Oliveira ressaltou, entre as actividades paralelas desenvolvidas pelo seu pelouro no âmbito dos três dias do Angotic, a inauguração do Centro de Tratamento de Dados Espaciais e o apoio concedido ao Instituto Óscar Ribas, uma escola vocacionada para formação de pessoas portadoras de deficiência visual", lê-se na nota.
O ministro recordou ainda que "graças ao recurso à tecnologia, jovens que tiveram a visão comprometida têm hoje a possibilidade de se sentir parte integrante da transformação digital que vem ocorrendo no país".
O governante "apelou às empresas a contribuírem para que a referida escola, em particular, e outras que existem pelo país também tenham a possibilidade de participarem na transformação digital e na diminuição da infoexclusão".
"Uma menção especial às empresas estrangeiras que só vieram porque acreditam no desenvolvimento do nosso país e nos angolanos, pois é nessa crença que residirá a transformação do nosso país, na certeza de que no próximo ano contaremos com outros países que continuarão a acreditar em Angola, tal como nós angolanos acreditamos no desenvolvimento do nosso país. As tecnologias de informação e comunicação vão, com certeza, continuar a desempenhar o papel nuclear da grande transformação que o país necessita para o bem de todos nós", concluiu.
A quinta edição do fórum teve como tema "50 Anos a Comunicar, a Modernizar e a Desenvolver Angola" e decorreu entre 12 e 14 de Junho, em Luanda.