Relativamente à exploração de ouro, tratam-se dos projectos Mapele (na província da Huíla) e Lombe Mining (na província de Cabinda).
Citado pela Angop, o ministro, reiterando o compromisso do Governo em investir no domínio mineiro no sentido de promover a transformação económica e social de Angola, adiantou que, nesse sentido, outros quatro projectos que visam explorar metais ferrosos e não ferrosos vão ser implementados no próximo ano.
Tratam-se de dois projectos de ferro, nomeadamente Kassala Kitungo e Cassinga, um projecto de nióbio e ferro e um projecto de manganês, ferro e quartzo, designadamente Niobonga e Bolongongo, respectivamente.
Já passando para o domínio do petróleo, Diamantino Azevedo – em declarações à imprensa, citadas pela Angop, no fim de uma reunião de trabalho do ministério – referiu que previsões do ministério por si dirigido apontam para a retenção, este ano, da produção petrolífera nacional acima de 1.060.000 barris diários.
No entanto, embora tenha admitido tratar-se de uma previsão optimista, deixou um alerta para a possibilidade de surgirem avarias inesperados e dificuldades relacionadas ao preço.
O titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás apontou ainda o facto de a maior parte dos campos serem maduros e haver necessidade de "encontrar soluções" para se atingirem as metas estipuladas: "A maior parte dos campos são maduros e é preciso encontrar soluções para que as metas e objectivos do sector de petróleo sejam alcançados", disse, citado pela Angop.
Segundo um comunicado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, o encontro serviu para apreciar os objectivos, metas, e principais projectos do sector definidos no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) e no Plano de Desenvolvimento do Sector (PDS) para o período 2023-2027.
O encontro foi orientado por Diamantino Azevedo e reuniu entidades do sector público e privado, bem como outros convidados.
Citado no comunicado, o ministro disse que o país "está muito bem equipado em termos de legislação, infra-estruturas e quadros bem formados" relativamente aos países vizinhos, acrescentando: "Temos infra-estruturas para fazer mais e melhor".
Sobre os desafios, o governante referiu estarem a "ser considerados todos os objectivos e metas do sector, tendo exemplificado o alcance das metas de produção de petróleo, bem como a "criação das condições para que o petróleo continue a ser um recurso explorado em Angola".
Também acrescentou que "existem outros aspectos ligados às indústrias de refinação, petroquímica e fertilizantes, exploração de aço, continuação de exploração e lapidação de diamantes, ouro e outros minerais, incluindo a descarbonização", lê-se na nota.
Já Sebastião Martins, presidente do Conselho de Administração (PCA) da Sonangol, disse que o "encontro serviu para cada entidade ou empresa ligada" a este sector reflectir sobre "como pode atingir os objectivos, tendo em conta as metas definidas".
Também citado no comunicado, o PCA da Endiama, Ganga Júnior, considerou "positiva" a perspectiva para o domínio dos diamantes para o período 2023-2027.
"Embora as nossas metas sejam todas ambiciosas, temos condições de as cumprir ", disse.
Enquanto Alcides Andrade, administrador executivo da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), referiu que "o foco da agência é mitigar o declínio do petróleo bruto".
"Foi possível estabilizar os níveis de produção para um milhão e cem barris por dia, diferente do período anterior", disse.