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Diamantino Azevedo: “Com o diamante lapidado e o ouro refinado, temos a base suficiente para a instalação da indústria de joalharia”

Com o diamante lapidado e o ouro refinado, o país possui a “base suficiente” para instalar a “indústria de joalharia”, considerou Diamantino Azevedo, ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, em declarações à imprensa, esta Quinta-feira, no Cuito (Bié), onde se encontra para presidir a nona reunião do Conselho Consultivo do ministério, decorrida esta Sexta-feira.

: Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola
Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola  

"Com o diamante lapidado e o ouro refinado, temos a base suficiente para a instalação da indústria de joalharia para alavancar esse segmento económico", afirmou o governante, citado pela Angop.

Na ocasião, o titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás disse ainda que o país precisa de dar continuidade ao estímulo da produção de ouro.

Também apontou o facto de a Lunda Sul ser a que mais mostra o referido potencial, pelo que está a ser erguida uma refinaria de ouro. Além disso, destacou igualmente o facto de ter sido criado, em Saurimo (Lunda Sul), o Pólo de Desenvolvimento Diamantífero, no qual se está a criar condições para implementar mais empresas de corte e polimento de diamantes, dado que Angola tem actualmente nove empresas do sector, enquanto até 2017 apenas existia uma, escreve a Angop.

Nas suas declarações, Diamantino Azevedo também fez uma breve menção ao Bié, tendo considerado que esta província é igualmente forte no que diz respeito a recursos minerais, necessitando de maior atenção no que concerne à exploração.

Refira-se que se emitiram, entre 2021 e o ano passado, um total de 38 títulos mineiros direccionados à prospecção de ouro no Huambo, Huíla e Cabinda, enquanto 11 títulos mineiros para a exploração efectiva se encontram emitidos, estando em curso no Bengo, Cabinda, Huambo e Huíla.

Estes são dados do Departamento de Normalização e Boas Práticas da Direcção de Regulação e Mercados da Agência Nacional de Recursos Minerais, que são citados numa das edições de Abril do Jornal de Economia & Finanças, que adiantam ainda que nos últimos cinco anos (2019-2024) foram produzidas 7.672,51 onças finas. No entanto, previsões indicam que, do ano passado para este ano, a produção de ouro no país venha a crescer de 3,75 para 4,68 milhares de onças finas, escreve a Angop.

A nona reunião do Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás decorre sob o lema "Fomentar cadeias de valor dos recursos minerais, petróleo e gás para a diversificação económica e o desenvolvimento sustentável" e reúne cerca de 300 pessoas, "entre membros do órgão e convidados de empresas operadoras do sector, assim como administradores municipais do Bié e de municípios limítrofes do Huambo, Cuanza Sul, Malanje, Lunda Sul, Huíla, Moxico e Cuando Cubango", refere a tutela, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.

A reunião decorre esta Sexta-feira no Cuito, tendo na ocasião Diamantino Azevedo afirmado "ser um momento para reflexão e busca de sinergias, que nos levem a propostas e soluções para o desenvolvimento e consolidação sustentável da cadeia de valor do petróleo e dos principais minerais extraídos do nosso subsolo, para a diversificação da economia do país".

De acordo com a tutela, do total de reuniões do Conselho Consultiva, esta é a sétima a realizar-se fora da capital. Os últimos encontros tiveram lugar nas províncias de Luanda, Benguela, Cuanza Norte, Huíla, Namibe, Cabinda e Uíge.

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